quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Relaxando nos banhos termais e curtindo um show

    Olá galera, tudo bem com vocês? To meio de ressaca de viagem (um termo que eu inventei porque eu sempre fico cansado assim quando viajo). Desta vez, tirei uns diazinhos pra visitar Budapeste, na Hungria. Vale a pena ressaltar que a passagem de avião saiu 1€ pra ir e 1€ pra voltar (mais as taxas), somando ao fato de que ia ter Muse lá, não teve como eu não ir.
    A primeira impressão que tive da Hungria foi de insegurança. Porque é muito diferente da Bélgica, mais ainda assim nada aconteceu graças a Deus. Agora, o que eu senti mesmo foi raiva. Tinha sacado uns euros pra viajar e quando chego lá lembro que a Hungria não utiliza o euro, mas sim florins húngaros, que eu e meus amigos apelidamos de coisinhas (não me pergunte o porquê, mas pegou isso). No câmbio normal, 1€ ~ 280 HUF, mas no aeroporto, como eles são extorquidores natos, acabei recebendo só 247 HUF por euro. Pelo menos, não fiz como o Matheuxx, que tinha ido antes de mim (assim como Gui e o amigo dele, o Marcus), de comprar 40000 coisinhas... isso dá uns 150€ e é coisa pra caramba. Quero dizer, uma coisa que você percebe lá, é que as coisas são bem mais baratas que aqui, 40000 coisinhas é realmente uma fortuna. Além de sentir raiva com o câmbio, senti com a máquina de tickets de ônibus/metrô, porque a bendita não aceitava notas (que país é esse?). Ainda bem que uma italiana muito simpática trocou 1000 coisinhas em moedas pra mim e pude seguir trajeto. Apesar de não entender patavinas do que tava escrito nos lugares, consegui me virar com o ônibus e o metrô até chegar no hostel. E que hostel. Foi o melhor em que fiquei até agora, e só custou 8 euros por noite. Tipo, na Bélgica, um do mesmo nível que aquele deve sair uns 25 e olha lá.
    Depois de deixar minha mala, achei o Matheuxx, o Gui e o Marcus e fomos almoçar. Comi um prato de risoto vegetariano e saiu muito barato (meu, porque não tinha Hungria no CsF haha). Depois de todos satisfeitos, voltamos ao hostel pra eu fazer o check-in, arrumar minhas coisas e o mais importante, pegar a máquina pra tirar fotos. Claro que minha máquina, troll como só ela sabe ser, estava mostrando bateria cheia e depois de meia dúzia de fotos, acabou a bateria. E lá vou eu tirar fotos com o celular. ¬¬
    O primeiro lugar legal que fomos era a Basílica de São Estevão. Não entramos porque tinha um húngaro meio sem noção que queria cobrar a gente pra entrar, então preferimos pagar pra subir na torre dela. Foi moleza comparado à torre de Bruges ou a de Colônia. A vista lá é bem legal, dá pra ver o Palácio Real, a Igreja de São Matias, o Parlamento, a Estátua da Liberdade e tals. Foi descer a torre e andar em direção ao Rio Danúbio, que sentimos mais frio. O rio tem o poder de esfriar você. E não só isso, tava começando a escurecer, apesar de ser 4 horas da tarde. A verdade é que a Hungria usa o mesmo fuso da Bélgica, mas ela se localiza bem mais ao leste, então lá escurece mais cedo mesmo (não que aqui não esteja anoitecendo cedo, por causa do outono).


Basílica de São Estevão

Rio Danúbio, a Ponte das Correntes e o Palácio Real ao fundo

    Andando mais um pouco chegamos ao Parlamento, só que pra varias, tava em reformas (essa Europa tá pior que o Brasil em época de eleição viu). e pra completar demos a volta em outra ponte sobre o Danúbio, de onde se tinha uma vista muito bonita da cidade a noite (tipo 5 e meia). Do outro lado da margem, o lado bonito do Parlamento não tava em reformas e tava muito bonito. O problema de lá é que a ciclovia é junto com a calçada. Não é que eu tava tirando umas fotos quando eu fui simplesmente atropelado por um skate? (sim, o skatista se jogou pra não trombar junto... ele não parecia muito feliz, mas o que eu ia fazer, não tenho olhos nas costas =P). Ainda descobrimos que não podíamos passar pela Ponte das Correntes porque estavam filmando um filme húngaro (poxa, eu nem cobrava cachê...). O jeito foi andar mais até a Ponte da Liberdade (que dá no morro da Estátua) e andar pela ruas comerciais centrais de Peste até chegar no hostel. Depois a gente comeu um pedaço de pizza, que só saiu 200 coisinhas cada! E depois fomos pro Szimpla, que foi eleito o 3° melhor bar do mundo! Ele é um ruin bar, ou seja, feito a partir de ruínas (de fábricas ou casas) e decorado de modo... extravagante. Essa noite foi particular, mais informações no blog do Gui. O Gui descreveu sucintamente o que aconteceu, se quiserem saber detalhes é só falar comigo haha. Pobre cara, ele foi (e continua sendo) zoado por causa dessa noite.

 Vista sobre o Danúbio a noite

Parlamento


    O segundo dia começou com a gente zoando o Gui, claro, mas depois fomos com os cariocas de Ghent até a Estátua da Liberdade pela Ponte da Liberdade (criativos, não?). No meio da subida um dos cariocas foi acertado na cabeça por um corvo, então achamos melhor ficar olhando pra cima no caminho. Mas conseguimos chegar são e salvos (quase todos) até o topo. O problema é que a Citadela da estátua tava em reformas ('-.-). Foi uma pena que não estava fazendo sol, não dava pra enxergar direito la de cima, e a paisagem do outono também não ajudou muito. Ao voltarmos, fomos almoçar num restaurante que era comida e bebida livre por 3900 coisinhas (~14 euros). Não preciso nem dizer que saí rolando de lá, ainda mais que o garçom insistia que eu bebesse mais suco de laranja, mesmo quando eu não queria. Depois disso rolamos, quero dizer, fomos até um dos banhos termais de Budapeste. Lá tem um monte desses, diz o Gui que os caras foram cavar e a única coisa que acharam foi água quente. E eu que achei que água quente servia só pra chá haha (ta, to brincando né). O Matheuxx não deixou nem olharmos direito a paisagem na cidade, ele tava meio desesperado pelo banho. O lugar que escolhemos tinha mais de 16 piscinas, de 16 °C a 42 °C. A hora que entramos na primeira (que era de 37 °C) já me senti no paraíso. O corpo vai amolecendo e você afundando haha. Muito bom. Mas a mais legal era uma que tinha um corredor circular com correnteza. Apesar de infestado de espanhóis e italianos (crise européia é historinha), deu pra aproveitar legal esse dia, super recomendo. Chegamos a noite já no hotel, e eu tava muito cansado pra sair.

 Estátua da Liberdade

Banho termal, super relaxante

    No terceiro dia, o Matheuxx foi embora, mas eu e os piás aproveitamos pra andar mais pela cidade, passar pelo Palácio Real, a Casa Branca, o Labirinto e a Igreja de São Matias. Muitos italianos pediam pra eu tirar foto (acho que minha fama está se espalhando depois de ser fotógrafo da Geruza na Itália haha). Tava fazendo sol, mas tinha muita névoa. Ainda assim as fotos ficaram legais, a cidade é muito bonita, ajuda rsrs. Também descobri que o Gui tem um pequeno probleminha com degraus, antes achei que era só quando ele subia escadas, mas quando desce também, e tendem a ser piores... Almoçamos um Langos (ou Languxx no carioquês) no Mercado, que é tipo o Mercado Municipal de Curitiba, só que bem menor.  Esse Languxx é uma massa que eles fritam e daí colocam gordices em cima. Caloria nas alturas, mas enfim, é típico de lá né, tivemos que comer. Custei, mas achei um chaveiro num preço decente, porque tinha uns que eram mais caros que almoços, santa sacanagem Batman. Bem, o jeito foi ir pro hostel e se aprontar pro show do Muse.

 Palácio Real (não chame de Castelo)

Igreja de São Matias

    Preciso dizer que Muse é uma banda que eu gosto bastante, mas não sou fã (segundo o Lastfm, está entre minhas 30 bandas favoritas). Então eu não comprei um ingresso de sei-la-quantos euros pra ficar na primeira fileira (como eu fiz com o Blind Guardian ou o Evanescence). Eu acabei ficando na arquibancada enquanto o Gui e o Marcus foram no povão da segunda divisão (porque tinha a primeira ainda). Eles começaram atrasados, ou seja, não são ingleses true, mas quando começou, foi demais, a produção visual do show era demais e a música deles é boa pra caramba. Os caras são bons mesmo. E eu tava la tirando umas fotos, quando minha câmera troll, que estava com a bateria 'cheia' apaga dizendo que a bateria acabou. Eu fiquei puto... mas enfim, a banda tocou bastante música que eu não conhecia (já disse que não sou fã), mas tocaram praticamente todas as que eu mais gostava (pra você que não conhece muito de Muse, eles tocaram Knights of Cydonia do Guitar Hero III e Supermassive Black Hole do filme Crepúsculo pra ter ideia). Valeu muuito a pena ter ido. Não preciso dizer o quanto todos foram dormir felizes, especialmente um grego que tava no meu quarto, que tinha pego uma das palhetas...



    A previsão era do último dia ser muito tranquilo, porque já tínhamos visitado tudo, e sabíamos onde queríamos ir pra comprar uma coisa ou outra. Pegaríamos o metro susse pro aeroporto e voaríamos felizes para a Bélgica... Aham, senta lá Cláudia. Brasileiros sempre conseguem ser brasileiros... O começo foi verdade, fizemos o check-out (deixando as coisas no hostel pra pegar depois), fomos nas lojas de câmera que o Gui queria ver e fomos até o Mercado, onde compraríamos nossos bagulhos e 'almoçaríamos' um Languxx. O Marcus ficou procurando bonecas (humn), o Gui procurando qualquer coisa que ele gostasse e eu um chaveiro pra Gabriela. Foi aí que a situação começou a se inverter. Chegamos a dar três voltas no lugar pra ver o que mais gostássemos e no melhor preço. Até eu comprar o chaveiro, o Gui um minibaralho (Oba?) da Hungria e uma bonequinha com uma bonequinha dentro e o Marcus comprar a boneca dele e um copo, já tínhamos passado da hora de comer. Pra ajudar, o Languxx não é uma coisa muito prática pra comer. Até comermos e sairmos correndo, já estávamos um pouco atrasados. Pra ajudar, perdemos os tickets do metro que tínhamos comprados no dia anterior pra ser mais rápido e tivemos que enfrentar uma fila e pagar de novo os tickets.
    Chegando no aeroporto, eu olhei no visor pra ver onde era o voo pra Bélgica e achei portão A2. Ainda tínhamos um pouco de tempo (apesar de demorarmos porque o raio-X apitou no Gui e daí ele teve que ser revistado) então fomos relativamente susse até o portão, até descobrirmos que aquele era de outra companhia e que o nosso portão era o A19 (nunca me passou na cabeça ter outra companhia que não fosse Ryanair haha). Corre trombadinha!!! Imagina 3 pessoas correndo desesperadas com malas. Pra ajudar, o portão era o mais afastado ever (tipo o prédio de Engenharia Química). Minhas calças tavam caindo e o Marcus perdeu a garrafa de água dele que saiu voando e quicando pra fora da grade, mas chegamos lá. E ainda não fomos os últimos lol. O voô foi tranquilo, com algumas turbulências, mas nada pior que o voô pra Itália com a Ge, o Rodrigo e a Tati. Chegando na Bélgica, tentamos ir o mais rápido possível pra Leuven, mas acabei perdendo minha aula de esgrima (todos chora ç_ç). Mas o Gui ainda tava mais desesperado que eu, ele saiu voando do trem (claro que a bolsa dele não voa e acabou arrebentando) pra tentar chegar no mercado antes que fechasse. Cheguei até emprestar minha bicicleta pra ele. Meu pensamento era que ele ia se esborrachar no primeiro sinaleiro (que fica no final de uma descida), mas felizmente minha bike voltou inteira. E quem disse que deixaram a gente descansar? Que nada, teve convocação brasileira pra assistir o jogo da seleção (as 1 da manhã!) com direito a queijos, pão e vinho e reprises da Casa das Sete Mulheres. Se você assistiu o jogo, vai concordar que tava muito ruim. Aproveitei o intervalo pra fugir pela direita. Nada como meu quarto de novo. ;)

Um comentário: