sábado, 25 de maio de 2013

Aqui também tem coisa séria (2)

E finalmente acabou minhas aulas no exterior. Agora são 3 semanas de "estudos" até o começo das provas. Dessa vez, ao invés de 7 provas como o semestre passado, farei apenas 3. Thanks heavens and Anouck!!! Só essa semana me dei conta que ainda não disse quais matérias estava fazendo esse período. Preciso ainda dizer que perdi as 3 primeiras semanas de aula (quase 1 mês de 4 de aula), porque meus pais estavam me visitando, o que complicou bastante o meu entendimento das matérias.


Disciplina: Process Control in the Chemical Industry
Data/Hora: Segunda-feira e sexta-feira das 10h35 às 12h35
Professor(es): Jan van Impe e Filip Logisti
Com quem eu faço: Elise
É a matéria que eu mais gostei de fazer, embora 99% das aulas eu não tenha entendido nada. Ainda bem que existe a Elise, pra me salvar quando ficava boiando. O curso em si foi muito bagunçado e não apresentando muita lógica. Parecia que quando um professor tava a fim de ir dar aula, ia. As aulas do Filipe (que foram bem poucas) eram bem baseadas nos slides dele, que eram cheios de fórmulas matemáticas, que pra mim fazia tanto sentido quanto um objeto "caindo" para cima. As aulas do van Impe eram muito boas e ele passava bastante tempo no quadro (raro aqui...). Como a especialidade dele é na área de bioprocesses, as aulas tinham esse foco (com direito às pesquisas dele, depois a Elise e eu descobrimos que era tudo plano dele pra manipular os alunos a fazerem a tese de mestrado com ele). Ele emana uma aura de terror, really. Na aula, ele era bem terrorista, fazendo milhares de perguntas durante a aula e como eu nunca sabia, ou ficava olhando pro meu caderno ou pro da Elise haha. No final, a resposta era sempre algo como "o modelo", "a cinética", "oscila" ou coisas assim, e os belgas pirando loucamente. O van Impe ainda tentava ser engraçadinho, mas até quando ele fazia piadas, ele me assustava. Segundo a minha equação, ele + Bart (do semestre passado) = Snape ! Thanks heavens que a prova dele não é oral ou eu ia ter um treco.


Disciplina: Biochemical Process Engineering
Data/Hora: Terça-feira e quinta-feira das 8h25 às 10h25
Professor(es): Jan van Impe e Jozef Vanderleyden
Com quem eu faço: Elise
Sinceramente, essa matéria devia ser separada em Biochemistry + Bioprocess Engineering. Simplesmente porque nas terças, dadas pelo Jozef, as aulas eram inúteis. Ele só deu a parte de bioquímica. E o que poderia ser interessante, ele tornou chato e inútil. Metade das aulas foi falar de enzimas, mas não de um jeito aplicável, mas sim do ponto de vista da biologia. Como se não bastasse a aula ser mega cedo, ele ser chato e a aula inútil, os slides dele eram em neerlandês. #pracabámesmo
Já a parte do van Impe era uma aula de controle disfarçada. Ele começou mais com balanços, mas no final era só controle e otimização. Como na aula de controle, ele adorava fazer perguntas, e de novo, as respostas quase sempre eram 
"o modelo", "a cinética", "oscila" ou coisas assim, e os belgas pirando loucamente.


Disciplina: Ecodesign and Life Cycle Engineering
Data/Hora: Terça-feira das 14h às 16h
Professor(es): Joost Duflou e Wim Dewulf
Com quem eu faço: Geruza, Lais, Matheuxx e Pedro
Essa matéria foi a maior roubada de todas. A Geruza e a Lais fizeram a maior propaganda de todas, porque essa matéria não tem prova. E nós caimos feito os patos de Heverlee. O problema dela é fazer um trabalho em duplas mó complicado, que a gente não tem base nenhuma pra fazer. O melhor, os professores não ajudam e proibem os alunos de doutorado deles a ajudarem. #adoro
As aulas em si, tinham o conteúdo legal, mas na minha opinião foram mal dadas, ou mal exploradas, porque no final, se mostraram totalmente inutil para o nosso trabalho. E sinceramente, não tem matéria mais migué que essa, desde a primeira aula só tem hipóteses... Curiosidade: foi a matéria com maior presença minha nas aulas, acho que tem a ver com ser a tarde haha.


Disciplina: Hazardous Materials and Safety in the Process Industries
Data/Hora: Quarta-feira das 14h às 16h
Professor(es): Jan Vermant
Com quem eu faço: Elise
Essa matéria foi susse. A primeira parte na verdade foi dada por duas outras professoras, uma que era bacananinha, mas gostava muito da parte de perigos biológicos e uma outra que era uma metralhadora, não dando nem tempo pra anotar qual dia era. Segundo o Vermant, tudo aquilo era inutil. Gostei dele hahaha.
A parte dele era a parte de Safety in the Process Industries, o que era muito mais util e servia como uma continuação do curso de Safety Engineering que tinha feito com a Ge, Gabi e Rafas no semestre passado. Ele também deu a parte de Legislation, mas segundo ele "who cares?". Realmente gostei dele hahaha.
O melhor de tudo, foi que a matéria não teve prova, e sim um trabalho, que fiz com a Elise. No nosso caso, fizemos uma análise de riscos num processo que envolvia uma caldeira. Fizemos um HAZOP, calculo de probabilidade de falhas, propusemos melhorias ao processo e ainda discutimos outros assuntos importantes como corrosão e scaling. Apesar de ter tido mó stress com um pessoal da arquitetura (que são mais lentos que tartaruga andando de ré) na hora de imprimir o trabalho e de ter dado confusão quando fomos mandar o email com o trabalho para ele, o trabalho ficou tão bom que a defesa foi muito tranquila. Ele só disse que devíamos ter colocado um medidor de temperatura no boiler ao inves de um de pressão, mas a Elise e eu já fomos pra cima dele (figuramente, por favor) explicando o porque de termos escolhido o de pressão. Ele até disse que a gente tinha um ponto nisso, mas não chegou a concordar totalmente. Enfim, uma matéria a menos pra se preocupar e foi susse como mousse.



Disciplina: Design and Analysis of Multiphase Reactors
Data/Hora: Quinta-feira das 10h25 às 12h35
Professor(es): Jan Degrève (quantos Jan, tem mais que Barts)
Com quem eu faço: Elise
Outra matéria que entendo de pouco a nada. Não que eu tenha achado muito difícil em si, porque o professor é muito bom (além de ser muito fofinho, segundo a Elise), mas assim como a metralhadora de Safety, ele ia voando pelos capítulos do Levenspiel como se não houvesse amanhã. Quero dizer, numa aula estávamos vendo reações sólido-líquido, na outra era gás-líquido, na outra era líquido-sólido-líquido, na outra era gás-sólido-líquido, e por aí vai. Assim fica complicado =P. A minha sugestão para a KUL seria dobrar o número de créditos da disciplina, que poderia ser dada com mais calma e aprofundamento, já que é um assunto tão importante. Vai ser a minha última prova, com parte escrita, exercícios e parte oral. #elisemesalva


Ok, eu sei que deveria fazer o meu trabalho de Ecodesign, que só por intervenção divina ficará pronto, mas essa semana de estudos, vou pra Croácia haha. Ué, deve ter muita coisa a se estudar lá, especialmente as praias e os parques nacionais. =)

domingo, 19 de maio de 2013

Rosas são vermelhas, violetas são azuis...


E tulipas são de todas as cores!! Eu que o diga =P

Bem, bora ao post mais gay de todos, o post de Keukenhof!

Keukenhof, pra quem não sabe, é o maior jardim de flores do mundo e fica nos Países Baixos, mais especificamente, na Holanda. Pena que ele só fica aberto entre Março e Maio. E quem diria que eu veria tulipas antes de conhecer Amsterdam...

A viagem pra lá foi relativamente rápida, 3 horas de ônibus, saindo de Bruxelas. Ainda bem que não demorou mais, porque nosso ônibus era uma excursão de indianos e eles colocaram um filme indiano super alto. Fora isso, estavam morrendo de sono por ter acordado cedo e a semana ter sido pesada... Pra começar, o ônibus chegou 1 hora atrasado (todos comemora o tempo que podia ter ficado na cama =P). Queria ter ficado acordado pra ver a estrada nos Países Baixos, mas mesmo com aquele ônibus desconfortável, o indiano da minha frente reclinando o banco lá em baixo e o filme indiano no último volume, eu apaguei e só acordei perto de Lisse, que é onde fica o jardim de Keukenhof. Lisse fica uns 30 km ao sudoeste de Amsterdam (tipo Araucária de Curitiba). As rodovidas da Holanda são muito boas, mas como o resto da Europa, lá tá cheio de obras.

Depois da maior demora pra nos entregar os tickets do parque, os indianos ainda fizeram uma confusão danada e faltou ticket pra Lais e pra Julia. Nada que um pouco de educação (haham) resolvesse. Enquanto elas tavam resolvendo esse pepino eu já tava tirando fotos de tulipas com a Geruza e comprando souvenires (mal sabia eu o quanto eu ficaria enjoado de ver tulipas haha).

Entrada de Keukenhof, devia ter um aviso: "você verá flores até enjoar".

Sendo sincero, não tenho muito o que contar do passeio. O lugar é fantástico de lindo e recomendo pra qualquer um (então anota aí na sua agenda). No começo, a gente pirava por qualquer flor, tirando fotos de tudo quanto é jeito de todas as cores de flores possíveis e com  um monte de poses. No meio do passeio, paramos pra comer nosso almoço. Todo mundo levou uns sanduíches e comemos tranquilamente olhando as flores. Como diria a Tati, "isso que é qualidade de vida".
Aprendendo a desfocar com a minha câmera. #gabipira

O que eu mais gostava era da combinação das cores, tipo vermelha e branca.
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Depois de almoçar, nos topamos com um labirinto e no meio dele encontramos brasileiros (sempre!). Logo depois, tinha uns cenários (casa ou carruagem) cheio de flores, pra variar. Nesse meio tempo também, descobrimos que os campos gigantescos de tulipas não estavam mais lá #todoschora =(

Tradicional foto-Pedro =)

Mais desfoques #souartistademais

Depois de passar por um jardim japonês, cheio de bambu e cerejeiras, passamos por mais tulipas até chegar numa estufa cheia de hortências. Do lado, as meninas compraram souvenires e cartões postais. E como descobrimos que o parque tinha wi-fi grátis, foi tempo de tirar foto e postar no facebook haha. Como tínhamos que estar as 4h30 na saída pra voltar, começamos a nos preocupar em como sair do meio de tanta flor e chegar na entrada do parque de novo, mas no meio do caminho achamos uma estufa de lírios. #geruzapirademais

Lírios. Tinha até votação pra escolher o mais bonito.

Ainda na luta pra achar o caminho de volta, passamos por um lago, onde tinha umas plataformas na água pra você andar e tirar foto. Claro que eu fui, mas morrendo de medo da minha câmera cair. Pra ajudar, o parque tava lotado de gente (só de indiano já tinha um monte) e parece que todo mundo também queria tirar uma foto. Depois de muitas tentativas, consegui tirar uma hehe.

Tapete de flores. Cada esquina era fascinante.

Tapete de flores 2. Detalhe pra Ge, que sempre conseguia entrar nas minhas fotos...

Depois de espantar os indianos e os chineses, consegui tirar uma foto no meio do lago =)

No fim da tarde, estávamos cansados de bater foto de flores, cansados de andar (o parque é grande!) e com fome. Apesar da gente chegar um pouquinho atrasado no ônibus, saímos 1h depois do combinado graças a algum indiano u_u'. A viagem de volta foi mais rápida e acho que passei mais tempo ainda dormindo. E tudo acabou em batatas...

PS: Amanhã, dia 20, é feriado de Pentecostes. É o terceiro feriado de maio (!), depois do Dia do Trabalho e do Dia da Ascensão. Bem que o Brasil podia adotar esses feriados também...
PS2: Agora que terminei o trabalho de Safety com a Elise, tenho que concentrar no de Process Control e no de Ecodesign. E cheio de trabalhos, ainda tento aproveitar o intercâmbio o máximo que posso. ;)

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Quem canta os males espanta...

... e depois fica com dor de garganta.

Desculpem a falta de postagem, mas ultimamente está corrido. Não corrido como costumava ser no Brasil, mas muito mais corrido do que foi semestre passado. Acho que é o efeito Elise rsrs.

Mesmo sem tempo pra pensar em nada da vida, arrumamos tempo ontem pra ir num cantus, uma tradição belga (e de outros paísinhos por aí também). Trata-se de uma reunião onde se canta e bebe. A princípio é pra ser bem organizada, com o senior e os penalizadores botando ordem, mas a gente foi num cheio de espanhóis, então já sabem, foi uma zona. E claro, quanto mais se bebe, menos se tem ordem no lugar e mais zoado vai ficando. Mas a festa não dura pra sempre não, tem limite de horário (meia-noite), só que foi o suficiente pra alguns ficarem pra lá de Bagdá. 

Pra ajudar, o cantus tinha como tema: nostalgia. Foi pracabá mesmo. Depois de ver trabalhos e afins, tive uma hora e meia pra pensar numa fantasia e arrumá-la, então foi mega improvisada. Por mais que não tenha ficado oh, achei legalzinha pra quem teve que se virar nos trinta pra arrumar uma. Eu fui de Reptile, o Matheux de Pikachu (sensação do cantus, um dos penalizadores era o Ash haha), Ge, Elise e Ju foram como as meninas super-poderosas (ideia minha =D), o Rafa como Twister, a Tati como menino maluquinho e mais o Pedro e o Felipe (novo integrante, paulista com sotaque 10x mais forte que o da Tati) que foram sem fantasias. #losers

E cantamos. E bebemos. E cantamos. E bebemos... Mas até que achei que não bebemos tanto (pelo que eu tinha escutado os caras caiam de beber, então ficamos susse). Só que fiquei meio sem voz. Quando falei isso pra uma colega belga, ela falou que o VTK (grupo estudantil das engenharias) fazem uma semana inteira de cantus (oh gosh) e que teve um ano que ela foi em todos... esses belgas não sabem brincar de beber =P

Bem, eu ainda estou devendo o post de Zakinthos, o paraíso da Grécia. Vou ver quando poderei escrever, porque no final do mês terá a Croácia =D/