quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Férias!!!

    Férias.
    s.f.pl. Tempo durante o qual não funcionam as aulas, etc. Época de repouso. A mudança da rotina cotidiana que ajuda a restaurar o corpo, a mente e a disposição das pessoas.
    Ô palavra boa! Finalmente to de férias, que alegria!
    Minhas provas em geral foram daquelas que tenho que torcer pra passar. Enquanto eu acho que passo em Water Technology, porque tinha um trabalho (que eu e Gabi fizemos juntos e o Bart adorou), outras matérias como Wastewater, Advanced Separation, Management Challenges, Safety Engineering, Innovation Management e principalmente Air Pollution eu to na esperança de passar com 10 (não, não é bom, pois a nota máxima é 20, mas to pedindo muito pra passar pelo menos =P). Como disse antes, as provas foram orais (com exceção de Innovation) e só tenho 1 chance, porque a final é só em Agosto/Setembro, ou seja, no way. O mais engraçado das provas era o humor do Bart, já que fiz 4 provas orais com ele. Espero que além das piadinhas, ele me de notas boas. Pra ajudar meu desempenho nos estudos e, consequentemente, nas provas, tive que me mudar e limpar meu quarto no último final de semana e ainda tava nevando (Y). Por enquanto to morando no hostel 03.19, mas me mudarei para meu quarto definitivo dia primeiro de fevereiro, mas agora tá o maior calor (12°C), só que chovendo como só se chove em Leuven... Enfim, se passei ou não nas provas, o importante é que terminei de fazê-las. Ôôô felicidade.
    Pra comemorar o final das provas, o Rafa Legal e eu decidimos destravar algumas badges no Untappd, bebendo 12 cervejas cada um #challengeaccepted. Então depois da prova de Innovation ontem, a gente foi comprar o engradado de Stella Artois (não pensou que seriam 12 trapistas né? gosto da minha vida...). Depois, o Rafa me apresentou um lugar muito bacana vegan. Lugar massa hein, deu vontade de experimentar tudo lá, mas me contentei com o hambúrguer que era o mais barato mesmo (e uns "filés" de soja). De estômago cheio, pegamos os computadores, controles e tentamos angariar pessoas para a noite, mas tanto a Geruza (justificado) quanto o Gui (fraco), que haviam dando suas palavras, deram pra trás. Shame on him. C'est dommage.
     Começamos a beber as 10 da noite. A primeira de muitas. Logo logo, o Rafa me desafiou para uma partida de Mario Kart do Gamecube no meu note. Há, muito fácil. Me deixou feliz, porque geralmente só perco pro meu irmão, devido aos cheats dele. Foi quando a Tati chegou, com uma amiga dela da FAU. E como ver a Tati é um evento muito raro, tipo fazer sol na Bélgica, fomos socializar com ela. Entre os vinhos delas e as cervejas nossas, daqui a pouco o Rafa e a Gabi somem, e quando eu descubro eles tão jogando Mario Kart do SNES. E Gabi dando uma surra no Rafa viu. Claro que todo mundo riu. Depois eu joguei contra Gabi. Apesar de ter ido bem melhor que o Rafa, Gabi também ganhou de mim. Claro que todo mundo riu². O Rafa ainda tentou desafiá-la para um battle, mas perdeu. E acham que ganhei dela no battle? Pas du tout. A menina é viciada mesmo (e não quer admitir). O jeito foi beber mais.
    Com Gabi subindo pra dormir, já que tinha prova, eu, o Rafa Legal e a Julia jogamos um pouco de Mario Party 6. Não foi dificil o Rafa ganhar o jogo com ele ganhando todos os mini-games (todos, hein Willian) e roubando casas e moedas da pobre Julia #mariopartydestroiamizades. Após isso, a gente deu uma pausa nos jogos, e o ritmo de cervejas diminuiu, porque tava indo meio rápido e tínhamos que beber pelo menos 5 de manhã, pra destravar outra badge também. Nessa hora todo mundo do Brasil começou a dormir também, e o tempo passou muito devagar. Sono. Droga. Mas a gente não ia se dar por vencido. Daqui a pouco tava a Julia descendo pra dormir no sofá, mas tudo bem, já que eu não ia dormir mesmo. Tentamos jogar New Super Mario Bros., mas não tava dando certo com os controles (nessas horas que um irmão mais novo viciado faz falta). Então acabamos trocando pra Super Smash Bros Braw e ficamos jogando no modo adventure até as 6 da manhã.
    Uhu, depois disso foi focar em beber as últimas 5 cervejas. Pra isso, sem games, só ver videos idiotas no youtube. Nunca fui de desperdiçar meu tempo olhando esse tipo de coisas no youtube, mas como to de férias né... Nesse meio tempo a Elise desceu e foi fazer a última prova dela e a Júlia saiu do sofá e foi pra cima. E finalmente, brindamos e tomamos a 12ª bera às 8 da manhã. Depois de agradecer ao Rafa Legal pela noite, caí de uma vez no sofá e dormi como uma pedra até ser interrompido ao meio dia pelo Gui e prosseguir com a vida. #gonnakillhim


Troféus pós-provas

    Minhas férias vão durar só 1 semana (e meia) teoricamente, mas vou dar uma extension nelas devido ao fato que meus pais vem me visitar. Estou muito ansioso mesmo pra isso, contando os dias... Enquanto isso, vou aproveitar o tempo pra escrever novamente no blog, para continuar escrevendo o roteiro das Batatas da Vida (próximo sucesso da Globo), ver minha viagem pro Marrocos com o Rodrigo, Gabi, Camilla e Rafa Rafa, etc. Como estou de bom humor, férias é muito bom! =)

domingo, 20 de janeiro de 2013

E no meio das provas...

    ... resolvi arranjar um tempo pra escrever um pouco.
    Não, não tá fácil. Ao contrário, tá tenso. As provas (que pra mim são 7) são orais e são sobre o conteúdo do semestre inteiro (aulas em slide).  Os belgas fazem a prova de terno (e as belgas de roupa formal também), mas eu (e notei que os outros intercambistas também) não, porque claro, além de ser contra esse sistema, não tenho dinheiro pra ficar comprando terno por aí. E é aquela coisa, tudo ou nada, se você não passar, tá de exame (mas o bendito exame é em setembro, altura em que, espero eu, já esteja no meu Brasil). Mas, "O sistema é mal, mas minha turma é legal", já dizia Legião Urbana. Pior que na iminência da eliminação da Gabriela do Big Brother Leuven, a gente não pode aproveitar direito o tempo por causa dessas provas (e depois só tem 1 semana de férias até o próximo semestre começar, absurdo). Por isso, eu criei uma página com o pessoal. Tem coisas sobre eles que eu ainda não sei, ou não analisei direito. Espero conhece-los mais num futuro próximo... e bora voltar pros estudos!

domingo, 6 de janeiro de 2013

Diário de uma aventura de Ano Novo - Prefácio

    Só explicando como funciona este post. É um diário de como foi minha viagem de Ano Novo na Europa com a Lorena e a Ana. Eu postei ele de trás pra frente, ou seja, vai começar em 1 até o 10. Depois desse post vai demorar pra escrever outro devido às provas. Um ótimo 2013 a todos!
      =)

Diário de uma aventura de Ano Novo - Prólogo

    Bem, o começar de uma história é difícil. Mas isto não é uma história! haha.
    O que vem antes do Ano Novo? O Natal. Se você quiser ler uma versão melodramática de como passei o Natal, é só acompanhar aqui.
    Pra resumir, a Lorena e a Ana vieram de Toulouse até Leuven pra passar o Natal aqui. Deu uma confusão com aeroportos, porque achei que elas vinham de Ryanair e elas vieram de Easy-Jet, parando em outro aeroporto haha. Mas tudo deu certo. A gente ficou hospedado no hostel 03.19 na Minderbroederstraat em Leuven. Não é bem um Wombats Budapest, mas o custo benefício foi bom rsrs.
    No dia 24, levei as meninas pra conhecer Bruxelas. Fomos no Atomium, na Grand Place e no Manneken Piss. E a noite fizemos uma ceia no hostel. Tava eu, as meninas, a Gabi, o Rodrigo, o Rafa Legal, o Matheux e sua namorada, uma brasileira que conhecemos no dia (Adriana) e a Julia que acabou perdendo o ônibus pra Paris por causa de uma confusão com a Eurolines. Depois de comer, ficamos jogando aquele jogo do papel na testa e depois o de lógica. A gente parou quando a Julia mostrou que não sabia brincar porque inventou uma lógia que tinha holandês no meio. E tá, ja era umas 5 da manhã haha.
    O dia 25 foi o dia da preguiça, porque acordamos 1 e pouco da tarde pra tomar café-da-manhã! A gente só ficou fazendo nada o dia inteiro. Ta, eu fiquei arrumando minhas coisas pra viagem. O pior é que ao invés de dormir cedo, eu e Gabi começamos a escrever uma novela (próximo sucesso da globo) e acabei dormindo bem tarde (e pensando no roteiro da novela ainda...)

Diário de uma aventura de Ano Novo - Dia 1

    O dia amanheceu com eu saltando do sofá (melhor cama do hostel) com um toque "Oh baby, baby... oh baby, baby". Sim, da Britney #laisadora. Não, não era meu. Era da Lorena. E ela demorou pra levantar, porque ficou tocando um monte haha. A essa hora, a Ana já tava acordada e a Gabi ainda tava na cama. A gente levantou, tomou um café-da-manhã susse, pegamos nossas coisas e zarpamos rumo ao desconhecido. O detalhe é que na metade do caminho percebi que tava esquecendo uma coisa básica: minha carteira! E dá-lhe ligar pra Gabi e pedir pra ela voltar pra pegar a carteira pra mim. 
    Claro que perdemos o trem que queríamos, mas nós estávamos bem adiantados, então ainda não ficamos desesperados. Depois que Gabi chegou na estação (ela tava indo pra Dinant), fomos pegar o próximo trem pra Bruxelas, que descobrimos estar atrasado #leidemurphy. Tudo bem, tudo bem, ele chegou e fomos tranquilo pra Bruxelas. Especialmente porque o guardinha não passou e eu tinha esquecido de completar o go pass pra nós três (sério, eu ainda tava dormindo pelo jeito). Mas ao chegar em Bruxelas Central a gente desceu e eu completei. Já na plataforma, esperando o trem pra Charleroi, tinha dado o horário do trem e o bendito não tava lá. O mais estranho é que não avisava nenhum atraso e nem mudança de plataforma. Até que e a Ana diz "Olha, o que é aquele trem lá atrás?" Aaah, corre trombadinha! E dá-lhe a guardinha brigando com a gente pra entrarmos logo no trem. O pior é que com a correria a gente nem tinha certeza que era o trem certo, mas era tudo ou nada haha.
    Bem, o trem tava certo e de Charleroi-Sud pegamos o ônibus até o aeroporto como de costume (pra mim). E lá foi susse. Até o raio-x. Porque a anta aqui esqueceu de tirar a carteira do bolso (aah carteira ><). E o negócio apitou. Daí eu pedi desculpas pro segurança e falei que tinha esquecido da carteira. Ele pegou ela e passou pelo raio-x e só verificou mesmo que eu não tinha mais nada de metal e deixou eu passar normal (vantagens de falar francês haha). Mas não parou aí. A minha mala (e a das meninas) não passou no raio-x e eles pediram pra abrir. Sério. Já é difícil arrumar a mala, pra caber e ficar no tamanho Ryanair e eles ainda fazem isso. E é claro que não tinha nada, e eles deixaram super bagunçados. Mas fora esses contratempos, subimos finalmente no avião pra Inglaterra. O voo saia 13h05 de Charleroi e chegava as 13h35 em Manchester. O que? Só meia hora de voo? Nããão. A gente tinha esquecido que a Inglaterra está um fuso antes, então acabamos ganhando uma hora indo pra lá.
     Ao chegar na Inglaterra, eu tava achando o máximo por estar na terra da Agatha Christie e J.K., duas das minhas escritoras favoritas. Isso foi até chegarmos na imigração, onde ficamos mais de 1h na fila e ainda tivemos que responder um super-questionário pra entrarmos de fato na Inglaterra. E ainda tivemos que comprar libras depois. Eu ainda fico pensando porque a Inglaterra faz parte da União Européia, mas tudo bem. Depois de mais uma hora andando no aeroporto, procurando os trens pra cidade, descobrimos que era feriado na Inglaterra (26 de dezembro, Boxing day) e os trens não funcionavam. Pracabá mesmo! O jeito foi pegar um ônibus mesmo. E era assustador no começo ver ele andando na contra-mão. Tá, mão inglesa.  Sério, eles são de outro planeta. O motorista foi super grosso com a gente, e não avisou onde poderíamos ter decido, então tivemos que descer na Piccadilly mesmo e aproveitar pra almoçar, porque já era 4 da tarde. A primeira pessoas que encontramos no burguer king? Um brasileiro. Alô Brasil!
    O que a gente descobriu é que os britânicos não conhecem seu próprio país, ou cidade. Ninguém sabia como chegar no bairro Castlefield (que depois mais tarde descobrimos ser perto e fácil de chegar da Piccadilly). Então tivemos que pegar um táxi mesmo até a Potato Wharf #rialto. Ao descer do táxi, tínhamos uma escolha: as luzes ou as trevas. Claro que a gente foi procurar o hostel do lado escuro. Ideia de Jerico, como diz minha mãe. O Young Hostel tinha até plaquinha indicando como chegar nele e era do lado da luz. Chegando la, fizemos o check-in, deixamos as tralhas e fomos andar na cidade.
    Se você procurar por Manchester na Wikipedia, vai descobrir que a cidade tem mais de 400 mil habitantes. Porém, foi super fácil de andar lá, parecia um ovo. E é claro, turista tem que tirar foto na primeira cabine telefônica que acha rs.
Daria um bom filme de terror, não?

    A cidade tava enfeitada pro Natal ainda, mas o que bomba mais lá são as lojas. O problema era que 5 da tarde lá já tava super escuro. Não dava pra tirar uma foto decente, que não parece uma cidade mal-assombrada.
Continuação do filme de terror

    E não é que andando um pouquinho chegamos na bendita Piccadilly de novo? E a galera não sabia onde era Castlefield. Sério... A gente ainda ficou brabo com uma máquina de água e refris, porque ela tinha travado com algum refri (imagina a raiva de quem tinha pago por ele) e daí não dava pra pegar água. Mas achamos um mercado aberto e compramos. Começando a ficar tarde pensamos que o melhor seria um banho quente no hostel. No caminho, tinha um bar, com um segurança angolano, e aproveitei pra experimentar umas cervejas inglesas. Mas eram ruins na minha opinião (do estilo bitter). E quando chegamos no hostel? A luz tinha acabado! Tava tudo com luz de velas. Funny. Só que não. E meu banho? Felizmente, a Lore tomou no escuro e descobriu que o chuveiro aquecia. Pelo menos isso rs. Pior ainda, as tomadas inglesas são diferentes e não podia carregar meu celular. Raiva desse país não-civilizado viu. O melhor que podíamos fazer era combinar um horário pra acordar e ir dormir...

Diário de uma aventura de Ano Novo - Dia 2

    O dia 27 começou com um senhor café-da-manhã inglês, com muito pão, queijo, ovos, bacon, linguiça, sério, quem consegue comer isso as 8 da manhã? Tínhamos planos de visitar o museu de ciência de Manchester que ficava perto do hostel, mas ele só abria as 10, então achamos melhor voltar, fazer o check-out, pegar nossas coisas e irmos pra Old Trafford no estádio do Manchester United. O legal é quando você desce na estação de tram de Old Trafford, você desce na frente do estádio. Será? Parece tão... xoxo... Ah tá, é um estádio de Criket e não do Manchester United haha. (mas parecia um estádio de futebol, anyway). Andando mais 1km, achamos ele, majestoso, o Manchester United Arena:
 Compare o tamanho pessoa-estádio

    Fomos na loja, claro, pra comprar algumas coisas, apesar de tudo ser muito caro (e em libras, o que torna as coisas mais caras ainda £_£). E não deu pra fazermos o tour dentro do estádio porque era caro demais. Triste. O jeito foi se contentar com fotos de fora mesmo e voltar pra Piccadilly pra procurar a rodoviária. A gente se perdeu um pouco porque os ingleses tem mania de colocar mapas na cidade, mas o lado de cima do mapa não aponta pro norte. Com um pouco de andada chegamos lá e compramos as passagens de ônibus pra Liverpool, que eu quase perdi pra variar. A viagem pra Liverpool foi tranquila. Tá, a gente dormiu a maior parte dela rs. Mas durou menos de 1 hora, ou seja, menos do que levo de Araucária pra Curitiba...
    Liverpool fica perto do mar, então venta pra caramba, então a gente desceu do ônibus já congelando, pior, a gente não sabia como pegar ônibus lá pro centro. Mas com um mapa descobrimos que dava pra andar (não muito, porque a Lore está com o joelho machucado). Ainda assim, andamos até a estação de trem pra deixamos nossas coisas no guarda-volumes, porque achamos que não valia a pena procurar o hostel pra fazer check-in, e bla-bla-bla e não vermos a cidade. O melhor foi que ao sair da estação, achamos um restaurante chinês com prato livre por 6,10£. Eu teria comido muito bem, se tivesse algo que comesse que não fosse batata. Então comi muita batata (e arroz).
    Com um pouco de informação, descobrimos o ônibus que ia pro estádio do Liverpool (especialmente porque na linha dizia "Esse ônibus vai para o estádio do Liverpool haha". Só que não sabíamos a distância até lá. E na apreensão, a hora que a Lore viu alguma coisa que ela dizia parecer um estádio, a gente desceu. Fail. Descemos no meio do nada em Everton. Pelo menos aproveitamos pra ter uma vista da cidade.
Vista de Liverpool e ao longe o mar com as dezenas de usinas eólicas, porque lá venta hein.

    Ao sair desse parque, vimos um cara saindo de um carro, deixando o carro ligado pra tirar fotos no parque. Ana diz: "Nossa, esse motorista deve confiar muito nas pessoas mesmo, deixar o carro assim". Lore diz: "É mesmo, se a gente quisesse, poderíamos pegar o carro. E aproveitar pra dirigir em mão inglesa". Ana diz: "Ops, então acho que não foi o motorista que desceu do carro". Hahahahaha. Fail². Depois disso, só esperando o ônibus e descermos no ponto certo né. Assim como a do Manchester United, a loja era cara e não deu pra eu comprar a Camisa 8 pro meu irmão, mas achei alguma coisa pra ele (o que será?). E assim, como no Manchester United, era um absurdo de caro pra fazer o tour no estádio. Então nos contentamos com o lado de fora de novo. (vale a pena lembrar que eu torço pro Manchester United =p)
We come not to play, they say. Quero ver...

    A volta pra Liverpool foi andar (devagar) pelas ruas, enfeitadas e cheia de gente e lojas #pedroadora. Até chegarmos na Albert Dock, onde pra variar tinha brasileiros. Alô Brasil! Depois de darmos uma volta por lá, retornamos pro guarda-volumes na estação e pegamos um ônibus pro aeroporto. Agora, nosso voo era as 6 da manhã e chegamos as 7 da noite do dia anterior lá. Isso ganha da noite que passei com a Geruza em Charleroi antes de Milão. Posso dizer que foi bem desconfortável a noite inteira, mas pelo menos tínhamos comprado um monte de besteira pra ficar comendo (e não comprar no aeroporto). A noite foi passando lentamente, com a gente se revezando pra dormir...

Diário de uma aventura de Ano Novo - Dia 3

    ... até que chegou a hora de fazermos nosso visa-check e embarcamos. Detalhe que pela primeira vez viajando de Ryanair eles verificaram o peso da bagagem e a Ana precisou colocar umas coisas na minha mala pra passar rsrs. Dormi legal no voo, tanto que só senti quando ele pousou, daí foi passar por uma imigração de volta pra UE.
    Dublin, Irlanda, terra civilizada (ou quase). Euros e pessoas simpáticas (Y), mas as tomadas ainda eram estranhas, deve ser coisa de ilha. A primeira coisa que você nota lá são coisas verdes. E o irlandês, que é bizarro e poucos falam. Não sei porque me lembra húngaro haha. Pegamos um ônibus pro centro e chegando lá pedimos informação de como pegar o Luas (que é o tram de lá). Chegamos razoavelmente fácil no hostel que o primo da Lore tinha indicado e deixamos nossas bagagens lá, porque era muito cedo pra fazer o check-in. Então fomos pro centro, na rua da agulha gigante (tá, não sei o nome)
Como não chamar a atenção com um negócio gigante desses?

    Depois de passar na loja de souvenires (muita coisa legal da Irlanda!) e de tomar um café-da-manhã/brunch, começamos o tour passando pelo banco da Irlanda e na Universidade de Dublin. Bem na frente tinha um cartaz do time de esgrima da faculdade. Esgrima... saudades já. Tiramos bastante fotos na Universidade, que era bem grandinha (mas não ganha do campus Heverlee da KULeuven) e acamos nos perdendo, então ao invés de sairmos onde queríamos, tivemos que voltar pro início e desistimos de visitar a estátua do Oscar Wilde, que afinal, era de Dublin. Ao invés disso seguimos reto pela "Rua XV" até chegar no parque de São Estevão. A Irlanda deve ser o único país europeu que ainda tem verde em pleno inverno, mas tudo parecia verde demais...
Verde até demais...

    Depois andamos até o Castelo de Dublin, onde minha câmera me trollou e acabou a bateria. Mas a Lore me ensinou a técnica do deixa-desligado-daí-liga-rapidinho-e-tira-uma-foto. E foi assim que consegui tirar as poucas fotos do dia. Passamos também pela Igreja Romana e pela Igreja de Saint Patrick, patrono da Irlanda, mas as duas tinha que pagar pra entrar (absurdo!). O jeito foi voltar pro hostel.
Igreja de St. Patrick

    Acabamos tirando uma soneca (até as 4 e pouco da tarde) e daí resolvemos ir no mercadinho do lado do hostel pra almoçar. Lá compramos comida pronta e pedimos pra aquecer. Não seria ruim se não tivesse tanta pimenta. Eu e a Lore tivemos que dividir um suco. Estou avisando já Geruza, não compre essas comidas na Irlanda, eles gostam de pimenta e não avisam. Depois dormimos mais um pouco e tomarmos banho, também joguei The Room que a Ana emprestou pra mim. Gostei muito do jogo, porque é no mesmo estilo de Machinarium, ou seja, puzzles. Adoro quebrar minha cabeça.
    À noite fomos no Temple Bar, que é o point de Dublin, cheio de pubs. Claro que que tive que provar umas cervejas irlandesas e até mesmo cheguei a gostar da Guinness, que antes não gostava. Mesmo tendo música ao vivo, achei os lugares bem caros. Aliás, a Irlanda é cara, mais que a Bélgica. Uma garrafa de água no mercado custa 2 euros e pouco o litro. Ainda assim, valeu muito a pena. E voltamos pro nosso hostel, onde tinha wi-fi (ó mundo civilizado, porque na Inglaterra não tinha).

Diário de uma aventura de Ano Novo - Dia 4

    No outro dia acordamos bem tarde porque ainda estávamos em déficit de sono por causa do aeroporto de Liverpool e tomamos café no hostel. Fomos então pro museu nacional dos Leprechauns. Era caro, mas todos achamos que valia a pena. E foi muito interessante. Saber a história dos Leprechauns, gigantes, fadas, heróis, do árco-íris e do pote de ouro. Nice! A visita foi guiada por uma guia muito animada, embora a gente não parecesse tanto rsrs.
Em terra de gigante

O pote de ouro, garanto que um Leprechaum vai te enganar se tentar pegar

    Depois da visita, e estranhamente com sol na Irlanda (poder x-men da Lore e da Ana), a gente percebeu que não tínhamos mais nada pra visitar. Tá, eu queria ir na Guinness, mas era cara e não sei se as garotas topariam ou se teríamos muito tempo, porque queríamos ver o coral na St. Patrick as 5 da tarde. Bem, então fomos na loja de souvenires (dessa vez pra comprá-los) e almoçamos no Temple Bar. Agora, foi um senhor almoço. E muito bom. Até que valeu a pena o preço, porque ficamos todos felizes. E tinha música irlandesa ao vivo, então ficamos muito tempo mesmo lá, aproveitei até pra beber uma cerveja rsrs. Saímos de lá era umas 2 e meia já. Entre andar e visitar outras lojas, a Lorena soltou algumas pérolas como confundir o Naruto com o Avatar e revelar seu passado obscuro fã de Harry Potter, e então chegamos na St. Patrick, descobrindo que no sábado não tinha coral. Todos chora. Acabamos indo na Queen of Tarts, que foi premiada como a melhor tortaria irlandesa e tal. Tá, mais comida. Esse foi um dia bem gastronômico em Dublin. Mas essa rendeu uma super discussão de Harry Potter, o que é sempre bem vinda haha. E então acabamos voltando pro hostel, porque tínhamos que dormir cedo pra acordar as 3 da manhã. Marcamos com um taxi para nos buscarmos as 3h25 pra nos levar até aquele monumento gigante lá no centro pra pegarmos o ônibus de volta pro aeroporto.

Diário de uma aventura de Ano Novo - Dia 5

    Esse dia começamos preocupados, porque não sabíamos se o cara ia aparecer ou não. Para nossa surpresa, a gente que se atrasou pro horário combinado, mas tudo bem. Chegando no centro nos tocamos que não sabíamos onde se pegava o ônibus, porque não era onde ele tinha nos deixado. Depois de muito procurar achamos, mas daí vimos que ele passava meia hora mais tarde do que a gente achou (aah, dava pra ter dormindo mais meia hora, mas ok). Chegamos bem cedo no aeroporto, e como a gente não comeu nada no aeroporto fomos comprar algumas coisinhas lá pra enganar o estômago. E quando fomos embarcar, nossa supresa: uma fila gigante (que eu não tinha pego em nenhuma viagem). Parecia filas dos aeroportos brasileiros. E por falar em brasileiros, quanto deles hein. Achei que o Brasil tava invadindo a Irlanda e não sabia. Sério, a frente, dos lados e atrás, só brasileiros. Depois de embarcar, só escutava português no avião (quase um Brasil *_*). Pra variar dormi legal no voo até "Londres". Apesar de estamos preparados para enfrentar fila de imigração de novo, existia uma fila especial pra quem vinha de Dublin. Obaaa. Foi bem mais rápido e sem questionários dessa vez. E de novo, na Inglaterra. E pra variar, sem o outro olho agora, porque tive que comprar mais libras. Cego nessa ilha, o jeito foi pedir informação de como chegar na Russel Square, a estação de metro perto dos hotéis em que a Lore ia ficar e a Ana com a família dela. Pegamos um ônibus, que demorou 1h30 até Londres (tipo, era longe o aeroporto hein). E daí pegamos o metrô até lá. 
    Encontramos então a família da Ana, deixamos nossas coisas no quarto da Ana e fomos andar. Passamos pelo museu britânico e andamos pela praça Bloomsbury (ta, eu só pensei em Harry Potter) e descemos até a Waterloo Bridge, onde andamos pela Victoria Embankment até o Parlamento, o Big Ben e a London Eye.
Museu Britânico: e dá-lhe gente hein

 London Eye e o Aquário de Londres

Parlamento inglês e o Big Ben

    Passando pela Abadia de Westmister, a Lore já tava muito cansada de andar e a gente tava com fome (afinal, não tínhamos tomado café da manhã, só comido um muffin na estação Liverpool Street). Andamos mais, até a Trafalgar Square. E compramos o primeiro sanduíche que apareceu haha. O problema é que em Londres se cobra pra você comer no lugar (absurdo!!) então tivemos que andar até o parque St. James e procurar um banco pra sentar. E foi difícil achar o banco. E tava frio. E a fonte do parque ainda tava jogando água na gente. E meu sanduíche ainda tinha uma folha com gosto muito ruim que eu joguei discretamente na grama do parque haha. Mas fome é fome... A gente então se separou, eu e as meninas acabamos andando até a Picadilly (de Londres), passando pela Waterloo Place, e pegamos o metro até a Russel Square. Então peguei minhas coisas e fui pro meu hostel que ficava do lado da King's Cross (Harry Potter! *_*). Meu quarto no hostel era metade brasileiro. Ta sobrando hein gente!? Depois do banho combinei com a Lore de irmos até a Piccadilly pra ver o preço dos musicais (que tava muito caro pro meu bolso, infelizmente).
Piccadilly - lojas, musicais, cassinos, tudo pra você gastar

    Comemos um pedaço de pizza, que era a coisa mais barata por lá (que saudades de Budapeste, onde isso seria 200 coisinhas hein) e entramos num cassino. Só pra entrar né, porque dinheiro a gente não tinha. Mesmo assim, acabamos indo na roleta e cada um perdeu 1 £. Já estourou minha cota haha. Acabamos voltando e combinamos de ir no outro dia cedo pra King's Cross.

Diário de uma aventura de Ano Novo - Dia 6

    Dia 31, dia da virada. Acordei, tomei um café da manhã e fiz o check-out. Fui com bagagem e tudo pra King's Cross. E chegando lá o que tinha? Um monte de chinês. Uma fila gigante pra tirar foto na frente da plataforma 9 e 3/4. E o pior é que a gente não sabia se era pago ainda. Triste, mas resolvemos vir uma outra hora pra ver se tinha menos chineses. Acabamos passando no hotel da Ana, deixando as coisas la, e fomos até a Oxford Street (a Lore de metro e a gente andando). Ah, esqueci de comentar, o metro de Londres é absurdamente caro: 4,30£ o trecho na zona 1-2, 7,00£ o retorno ou o passe do dia. Fala sério. A gente vai pobre e sai mais pobre ainda. Enfim, voltando pra Oxford Street, é a rua das lojas de Londres e tava tudo em promoção #pedroerodrigoadoram. Mas como não tava precisando de nada, não comprei nada. Só que dali ficava muito melhor pra eu ir pro meu hostel novo que eu tinha a vaga lembrança de ser perto do Hyde Park. A Lorena fez a gentileza então de buscar minha bolsa no hotel da Ana e combinamos de nos encontrar na estação Hyde Park Corner. Só que pra eu chegar lá foi pernada hein. A Oxford Street acaba no Hyde Park, mas eu tive que contornar ele. E ele é grandinho hein, 30 min só pra chegar na estação. Enquanto a Lore não chegava, aproveitei pra tirar umas fotos.
Entrada do Hyde Park

Wellington e Waterloo - duas coisas que os ingleses adoram, além da rainha

    Quando a lore chegou e pude ver o endereço certo do hostel, ela não ficou muito feliz, porque apesar de ser perto do Hyde Park, tinha que andar pra caramba. Então lá fomos nós, ela devagar por causa do joelho e eu por carregar uma mala de 10kg nas costas. Passamos pela Harrods, que é a Lafayette de Londres, e pelos museus Albert&Victoria, da Ciência e o de História Natural. O meu hostel era atrás deles. A gente se separou porque a Lore queria achar a loja da Microsoft pra comprar um teclado qwert perto da estação Victoria e eu fui fazer meu check-in. Depois acabei encontrando ela, sentada desolada, porque o lugar onde ela tava tinha um Office da Microsoft e não uma store. Estávamos com fome e precisávamos de internet pra ela ver onde ficava a loja de verdade. Somando os dois fatores você chega a conclusão de que precisa ir ao Mc Donalds. E fomos lá (do outro lado da rua...) e pedi meu meal, e quando eu vi a Lore não ia pedir. Ok, entendo. Ela viu que não tinha a loja física em Londres mesmo. E eu vi que um meal do mc donalds não ia matar minha fome, então fui pedir outro sanduíche, deixando minhas batatas e refri na bancada onde estávamos. E quando voltei com o sanduíche adivinha? Alguém tinha levado. Demiti a Lorena do posto de Guardiã de fast-food. Sério, não recomendo rsrs. Depois fomos em um lugar pra ela comer e então decidimos ir ao Museu de Ciência, que é de graça, logo voltamos pra South Kensington. O museu tinha muitas coisas desde a descoberta do vapor, da matemática, da computação, das formas de energia, medicina, clima, astronomia, aviação, etc. Apesar de ter coisas bem específicas (tipo um acelerador de partículas), também tinha muita coisa pra crianças/adolescentes aprenderem ciência, o que achei muito bacana. Não preciso nem dizer que a gente ficou um tempão por lá haha. Depois a Lore ficou andando no gift shop procurando algo pra comprar. O que ela tava mais tentada era num UFO que voa, sem pilhas, sem cordas, não usa eletricidade e tal. Qual é o mistério? haha. Eu fiquei pensando que quando tiver filhos vou comprar aqueles kits de química. Vem até com hidróxido de sódio, permanganato de potássio e tal haha.
O museu também é bem cheio

    Depois nos separamos de novo pra nos preparamos pra virada. Combinamos as 8 na Waterloo Bridge, onde não estaríamos tão perto dos fogos, mas teria menos pessoas e seria susse (aham, senta lá). Cheguei as 8 e nada de ninguém, então tratei de achar um lugar na ponte e esperei... esperei e esperei. E foi enchendo de gente, e enchendo de gente e nada de ninguém. Desespero! Passar o Ano Novo sozinho? =P
Esperando horas pros fogos...

    Numa das pessoas que foi chegando e se empaçocando no meio, surgiu uma russa-romena, que estuda Direito perto de Londres. Ela gostou de saber que eu era do Brasil, especialmente porque ela gosta muito de novelas brasileiras. Ok né, lá fui eu fingir que sabia de novelas. A preferida dela era O Clone e atriz favorita dela era a Giovanna Antonelli. Nessa hora, vejo a Lorena passando na multidão e fiquei acenando pra ela, até que ela me viu. Ainda bem que a Lorena é a Lorena, então foi fácil passar ela entre as pessoas rsrs. Ficamos então conversando em inglês até a queima de fogos. A Ana passou com os pais dela, não sei bem aonde, acho que pra trás da ponte. Bem, os fogos foram legais e tal, mas não achei toda aquela coisa não. Já vi fogos mais bonitos... Ainda assim, a vista combinada com a London Eye e o Parlamento, e mais ainda o fato de estar ali, valeu muito a pena ter esperado o tempo que fiquei esperando.
Katy Perry tocando na cabeça e Feliz 2013! =D/

    A volta foi complicada. Aquele povaréu saindo, tentando pegar as estações de metro mais próximas (que ainda tavam de graça até as 4 da manhã devido ao Ano Novo). Depois de o irmão da Ana achar a gente, subimos andando até a Russel Square onde fui pegar o metro. E mesmo assim tinha gente hein. Ainda assim, foi susse pra voltar pro hostel. Tentei falar com meus pais, afinal, cheguei as 2 da manhã no hostel, no Brasil são -2h comparado à Inglaterra, mas não consegui, então dormi.

Diário de uma aventura de Ano Novo - Dia 7

    2013 amanheceu... como Londres sempre amanhece, nublado, com cara de chuvisco. Levantei cedo, pra tomar café e me encontrar depois com a Lorena na Convent Garden pra ela se encontrar com a prima do namorado dela. Só que ao chegar lá, não achamos ela, então partimos numa aventura chamada: chegue em Greenwich, porque queríamos encontrar a Ana e a família lá. E foi uma confusão. Porque ao descermos na estação Bank pra pegar o DLR (Docklands Light Railway) pra Greenwich, o bendito não tava funcionando naquele dia naquela estação. A recomendação era andar até a próxima estação e pegar um ônibus até outra estação. Okay, tentamos fazer isso. E sobe escada. E desce escada. E sobe de novo. E anda. E Lorena começa a ficar estressada. Ô cidade sem acessibilidade hein. Resumindo, andamos até a estação Monument, e tivemos que pegar um metro até Tower Hill, de lá tivemos que sair, e andar até Tower Gateway pra finalmente pegar o DLR pra Greenwich. E chegando lá tivemos que andar pra caramba até o Observatório Real no Parque Real de Greenwich pra ver o bendito meridiano zero. O lugar mesmo no inverno é bonito, imagino como seja no verão.
Parque Real de Greenwich, tava fazendo Sol, pasmem!

    Não sei como a Nara, a mãe da Ana, achou a gente no meio daquela multidão, mas achou. Enquanto isso, a Ana, o irmão e o tio estavam dentro do observatório pra tirar uma foto no meridiano. Tinha gente pra caramba pra variar. Depois que eles sairam, todo mundo comeu um sanduiche de linguiça ou coisa assim. Todo mundo, menos eu né. Comi o resto do Pringles da Lore, que gentilmente me deu. E a Nara me emprestou um cachecol, blusas e uma touca, porque começou a esfriar e quando saí de Londres tava "quente", então só tava com uma camisa e o sobretudo. Ao sair do parque o Paulo, pai da Ana, escutou que tinham evacuado o Museu Marítimo (não lembro o porquê). Passamos pela Universidade de Greenwich e tiramos fotos no Tâmisa
Rio Tâmisa

    Como estávamos congelando decidimos entrar num museu ali perto. E pra variar, acabou a bateria da minha câmera. Enfim, o mais legal de lá foi tirar vestir uma armadura. Na verdade, foi só o antebraço e mão direita e a cabeça, mesmo assim você percebe como pesa. E tinha uma lança de verdade, que a Lorena não achou tão pesada, até eu falar que era porque tava na vertical, queria ver com um pouco de torque haha. Ao voltarmos pra Tower Hill, já era 4 e meia e tava escuro. As meninas decidiram voltar pro hotel, e fiquei andando com a família da Ana ao redor da Torre de Londres e da Tower Bridge.
Torre de Londres - onde ficam as jóias da coroa (só 19£ pra entrar...)

Tower Bridge, muito linda

    Na volta acabamos passando por um Tesco, tipo Carrefour, e lá tinha uns produtos Tesco, tipo Carrefour Discount. Fiz a festa haha. Comprei meus cafés-da-manhã pros próximos dias, com direito a rosca, croissant, sonho, cookies e muffins. Como não tinha dormido muito bem na virada, acabei dormindo bem cedo esse dia.

Diário de uma aventura de Ano Novo - Dia 8

    Acordei com uma preguiça do caramba, mas disposto a acordar logo pra ir ao Palácio de Buckingham ver a troca da guarda real. Problema: minhas mensagens só davam "failed", e não conseguia acessar a internet por dados (não tinha wi-fi também porque naquele país se cobra pra acessar), o que significava que eu tava sem créditos. Ok, não entrei em tanto desespero porque a gente já tinha meio que combinado de ver a troca de guarda e foi pra lá que eu fui. Antes, passei no Hyde Park pra comer meu café-da-manhã com as coisas que eu tinha comprado no dia anterior. Agora, se você acha o Parque Barigui grande, é porque não viu esse ainda. O parque combinado com os jardins de Kensington, que é junto dele, é maior que o Principado de Mônaco. Também é um lugar muito visado pra fazer shows. E sim, teve coisas da Olimpíada também. E eu ainda tive que procurar um banco que não tivesse pessoas sentadas ou patos me olhando comer.


    Logo após comer, já andei em direção ao Palácio, passando pelo tio Wellington de novo, andando pelo caminho de Diana até chegar nos portões. E como tinha gente! Chineses inundando o lugar. Claro que tinha brasileiros também. Aliás, tinha brasileiro pra tudo quanto é lugar em Londres e em todo o tempo, mas sempre em menor escala que os chineses. Eles vão dominar o mundo, sério! Mas entre as pessoas não estavam a Lore e a Ana. Daí elas me mandaram uma mensagem dizendo pra nos encontrar no museu do Sherlock Holmes. Ok... Entre máquinas fodas e iCoisas chinesas, tentei tirar algumas fotos da troca de guarda.
Primeiros guardinhas. Decepção quando vi que não tavam de vermelho...

Mais guardinhas chegando. Eles usam cinza no inverno e vermelho no verão...

Mais guardinhas ainda. Esses vêm preparado com uma fanfarra (real)

Depois da bandinha (real) tocar, os carinhas trocam...

... e começam a sair, deixando a outra guarda no posto

"Troca de guarda real
Tudo cerimonial
Mas, claro, muito legal"
**um pouco de rimas pobres em redondilha maior by me

    Deixando a poesia de lado, eu preferi almoçar ali perto que eu sabia que tinha restaurantes pra depois ir pro museu que ficava no lado norte da cidade. O problema é que demorei muito pra ser atendido, tava quase saindo do lugar. No meio tempo conheci uma família australiana. Ieeey, as primeiras pessoas da Oceania que conheci, fechando finalmente os 5 continentes =D. A mãe me perguntou se eu era francês. Como diz a Lorena, não sei se isso é um elogio ou não, porque os franceses falam inglês mal pra caramba. Não sei se ela percebeu, mas ela pediu desculpas e apenas perguntou porque o meu sotaque não era inglês. Daí expliquei que era brasileiro, mas tava estudando na Bélgica e tal. Eles acharam muito interessante. Disseram que iam bastante pra Londres e tal (gente que pode é outra coisa). Depois de enfim alimentado (e revoltado porque eles não tinham cervejas inglesas no lugar, só importadas, hunf), fui pro museu. E tinha uma fila enorme e tava chovendo. E mesmo assim fiquei lá. E nada de ninguém, ou seja, o dia foi um total desencontro. O museu custa 6£ mas eu acho que vale muito a pena mesmo. Eu não sou um expert em Sherlock como o Quilló, mas gosto mesmo assim e o museu na Barker Street, 21, foi muito interessante. Na verdade é um prédio, como se fossem os quartos deles mesmo. E no último andar tinha umas personagens de cera, entre vítimas, assassinos e é claro Holmes e Watson. O mais engraçado é que tinha um senhor que parecia muito com uma dessas peças e enquanto eu tava tentando descobrir quem ele era, o celular dele tocou e ele acordou (vergonha!! hahaha).
Holmes, Watson e uma fulana que esqueci o nome

Quarto de Sherlock Holmes

    Saindo do museu, passei claro na loja de souvenires e daí decidi andar até Camdem Town, pra ir no bar da Brewdog, comprar um presente pro Gui. Demorou pra eu chegar lá, mas achei o bendito do lugar. Bem, claro que eu não poderia ir lá e não experimentar umas cervejas também. E que cervejas hein! Muito boas. E já que tava deprimido por ter passado um dia sozinho numa cidade gigante como Londres, acabei bebendo 5 delas: 77 Lager, Hardcore, Alice Porter, Tokyo e Anarchist. Só pra constar, a Tokyo tem 18,2% de álcool, é o dobro da maioria das cervejas belgas. Ela é fantástica. Apesar de eu comprar o presente pro Gui, ele ficou revoltado por eu ter passado ele no Untappd e ter ganhado 3 badges de uma vez com a Anarchist haha. Okay, confesso, gastei tudo que eu tinha lá (óbvio que eu não andava com tudo na carteira).  A verdade é que um passe diário em Londres dá 2 cervejas. E eu preferi ir andando haha. Detalhe, Camdem Town fica na zona 2 de Londres, na região norte. O meu ficava perto da região 2 na zona sul. Mas pra quem já andou 8km na madrugada parisense com o Pedro, andar 5.5km ia ser susse. E no caminho passei pela King's Cross, que é claro, as 10 e pouco da noite não tinha aquele monte de chineses (mas ainda tinha uns perdidos). Aproveitei pra tirar a minha foto, que infelizmente, foi sem o carrinho.
I don't want to live in this world anymore haha

    E o resto foi tranquilo, passei pela Oxford Street, desci pra Leicester Square, passei pela Piccadilly, pelo Green Park, pelo Hyde Park, pela Knightsbridge, até chegar em South Kensington e finalmente meu hostel a meia noite. Tudo isso sem mapa, porque segundo o Pedro, eu tenho senso de pombo, que não é afetado por meras cervejas de 18,2%.

Diário de uma aventura de Ano Novo - Dia 9

    Dor no rim direito. Foi isso a primeira coisa que senti quando acordei. Ele adora me trollar em viagens, como a de Milão. E ainda por cima tava resfriado depois de ter ficado tomando chuva no museu do Sherlock e de ter andando de noite por umas 2 horas. Ainda assim, ao receber uma mensagem da Lore falando pra gente se encontrar no hotel da Ana, eu tentei comer e me arrumar o mais rápido que pude. Chegando na Russel Square, elas falaram pra gente se encontrar na estação, ao invés do hotel, mas só deu confusão, porque nos desencontramos demais. Mas no fim, nos achamos e fomos pro museu de ciência de novo, porque a Ana não conhecia e tinha um andar que eu e a Lore não fomos. E tava lotado de gente pra variar (deve ser porque é de graça né). Fomos ao segundo andar, que era o andar de energia, matemática e computação. Da história da matemática até as primeiras calculadoras e depois aos primeiros computadores. Como eu gosto da minha HP viu (que aliás, nem sei mais usar). O problema é que meu rim tava doendo demais então não consegui aproveitar muito e ficava sentando porque a dor era menor. Depois fomos a parte de energia, onde tinha muitos jogos, pra ensinar sobre energias, forma de reduzir o uso, fontes alternativas, etc. O mais legal era um negócio no meio escrito "Não toque", mas como o próprio aparelho dizia: não tem nada te impedindo. O que as pessoas fazem? Tocam. E o que acontece? Ah, você tem que ir lá ver (or google it, é mais fácil).
A tataravó da HP: fazia adição, subtração, multiplicação, divisão e integrais

    Depois a Ana foi comprar um sorvete enquanto eu e a Lorena discutíamos como íamos combinar pra ir no Harry Potter e ela como ir embora. Ainda bem que achei um banco, porque tava sentindo dor pra caramba. Mas depois até que diminuiu um pouco. Então fomos na gift shop pra Lore procurar algo pra ela e de novo, sair sem o UFO voador dela, graças a Ana que disse a frase mágica "você pode gastar isso no Harry Potter" haha. Acabamos comendo num lugar meio china-in-box ali perto. E depois fomos no museu Albert & Victoria, pra ver a sessão de roupas de Hollywood. Só que pra variar tava muuito cheio, então nem ficamos muito no museu. Tratamos de ir pra loja dos M&M's na Piccadilly e fomos muito mais felizes. O lugar é muito bacana, sei lá, eu gostei mais do que as lojas da Disney #pedromemata. As meninas acabaram comprando M&M's de várias cores (tinha um arco-íris disponível) e nos separamos.
M&M's road

   Voltei pro meu hostel deitar um pouco pra ver se minha dor diminuia e quando cheguei lá tinha um cara dormindo já (era 5 da tarde). Tudo bem, fiz isso em Dublin também. Quando senti que tava melhor (la pelas 6 e meia) saí pra dar uma volta e o cara ainda tava dormindo. Peguei o metro até Green Park e andei até o Palácio de Buckinham pra ver ele sem aquele tanto de gente. Depois andei até a abadia de Westminster, o Parlamento e peguei o metro até a Torre de Londres de novo e voltei andando pelo rio Tâmisa. Eu achei que seria um caminho que bastante gente faz, como do lado do Sena em Paris, mas me enganei. Era escuro e deserto. Tenso. Cheguei enfim na Igreja de São Paulo e peguei o metro na Blackfriars até South Kesnington de novo. Cheguei umas 9 no quarto e o cara tava dormindo ainda. Tomei banho, e fui dormir umas 11... e o cara ainda tava dormindo...

Diário de uma aventura de Ano Novo - Dia 10

   ... acordei as 10 do outro dia, porque não tinha muita coisa pra fazer, só o check-out e imprimir os ingressos do Harry. E o cara ainda tava dormindo. Impressive. Bem, enquanto tava comendo as últimas coisas que tinham me sobrado, ele acordou, se trocou, guardou as coisas e foi embora. Ok né... E eu aproveitei o máximo de tempo antes de fazer o check-out pra carregar minha câmera haha. Com o check-out enfim feito, deixei minhas coisas lá e lembrei que tinha sim uma coisa muito importante pra fazer em Londres: ir no Banco do Brasil. Bem, eu tive que ir até um ponto com wifi e ver onde era o bendito do banco. Liverpool Street? Are you kidding me? Podia ter sido a primeira coisa a ser feita em Londres (só que não né haha). Beleza, paguei o dia pro metro zonas 1-9 + Watford Junction pra ir no Harry depois, que saiu 15,70£ (ai meu rim de novo) e fui pra lá. E chegando lá, pra onde ir? Eu tenho problemas com guardar nomes de qualquer coisa, mas tenho facilidade pra direções. Eu sabia que o banco tava um pouco ao sudoeste da Liverpool Street. O problema é que quando se sai de uma estação de metro de Londres você não faz ideia de pra onde está virado. Então achei um dos mapas de Londres que tem em todo lugar e vi. Ok, susse, pensei. Comecei então a andar. Quando se pensa em BB, se pensa naquela coisa amarela grande com BB em azul. Mas em Paris, já descobri que isso não é verdade na Europa. 1 min, 5 min, 10 min e nada. Algo me disse que tinha alguma coisa errada. Então voltei pra lá e olhei de novo o mapa. Háá. Como eu disse do mapa em Manchester, os ingleses tem mania de não colocar o norte na parte de cima do mapa. Este tava exatamente em baixo, ou seja, eu tinha andado pro nordeste ¬¬. E mesmo assim, andando pra direção certa não achava o bendito, até que meus olhos captaram uma coisa amarela na plaquinha do 4º andar de um prédio. Hááá. Achei. E tudo o que eu fiz la dentro não durou 5 minutos. Ô sofrimento hein. E não achei um bendito lugar pra imprimir os ingressos do Harry.
    Outra coisa que eu queria ter feito, mas não fizemos era ir na Abbey Road. Como eu tava sem internet, mas tinha o passe todo-poderoso de metro, então fui até a estação Abbey Road. E andei la. E andei. E nada de achar o lugar. Porque há, eu não tava em Londres. Como assim? Eu tava em West Ham, na zona 3. Ok, me chamem de noob, mas uma pessoa sem internet não vai saber essas coisas de cor =P. Voltei voando de metro pro hostel pegar minhas coisas e encontrar a Lorena no outro hostel, que ficava perto da Victoria Coach Station. Depois de fazer o check-in e deixar nossas coisas, pegamos o metro até Euston onde deveríamos pegar o Overground até Watford. Deveríamos. Mas pegamos por engano o trem mesmo. Não nos culpe, eles são praticamente a mesma coisa, não tinha sinalização e tal. O fato é que chegamos muuuito cedo em Watford. Deu até pra eu almoçar. E que almoço hein. Foi o melhor custo-benefício que comi na Inglaterra, talvez exceto pelo chinês de Liverpool. Mas era extremamente longe. Pense assim. Londres tem as zonas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e Watford. E onde o estudio do Harry foi ficar? Claro né. 
    Enfim, pegamos o shuttle até o estúdio e chegamos bem antes do horário do nosso tour. E foi bom, porque aproveitamos pra tirar muitas fotos e olhar a gift shop. Agora, pense em duas crianças crescidas. Era a gente. Pense em mais crianças crescidas e não crescidas, era o resto das pessoas que tava lá haha. Foi muito legal. Se eu fosse rico comprava de tudo, mas acabei saindo com um pequeno estandarte da Grifinória e a Lore com um vira-tempo e um chaveiro com a Edwiges.
Bem que eu queria, só tava 70£

As varinhas do Torneio Tribruxo. Aceito com presente de aniversário, Natal, Páscoa, o que vier haha

    Depois de quase morrer de querer comprar (eu confesso), fomos pra fila do tour, começando pelo armário do Harry com as fotos da família Dursley nele e explicando de onde veio a inspiração pra escrever os livros e gravar os filmes.
O armário sob as escadas

    Depois vem um curta dos atores principais, Daniel, Emma e Rupert, explicando como foi trabalhar nos filmes e toda a equipe que trabalhou nos filmes. Mas essa parte não conto detalhes, especialmente pra quem quer ver la. Vou pular pro... depois, entramos no Salão. WoW. Muito legal, as mesas, as roupas, as ampulhetas, as paredes, tá, tudo haha. O carinha ficou explicando as coisas do salão, mas depois deixou andarmos livremente pelo estudio. Uhuu. Bem, la dentro tem de tudo, do primeiro ao sétimo filme. Valeu muito a pena mesmo ir!!!









    Apesar de ter parecido horas la dentro, a gente fez o tour num ritmo bom e como já tínhamos ido na gift shop, deu tranquilo pra voltamos e pegarmos o overground (correto dessa vez haha). Nele subiu um cara, com uns 40 anos sei la, que parecia muito triste. Dava quase vontade de falar pra ele "everything is gonna be alright" ou "there, there". Mas ele ao mesmo tempo era meio assustador, então eu e a Lore ficamos na nossa conversando sobre a vida até chegar na Euston, onde pegamos o metro pra chegar no hostel. Pegamos as coisas da Lorena e fui com ela até a rodoviária, de onde ela pegaria o ônibus pro aeroporto Gatwick. E eu voltei pro hostel, que tava cheio de brasileiros, pra tomar um banho e dormir, acabando minha aventura de Ano Novo...

Diário de uma aventura de Ano Novo - Epílogo

    Ta, minhas férias acabaram, mas como eu voltei pra Bélgica? Ah sim, de Megabus! Mais barato que Eurolines, saiu 17£ haha. E saia da Rodoviária na Victoria, ou seja, tomei um café tranquilo, fiz o check-out e fui andando até lá. De lá o ônibus que vai pra Amsterdam, parando em Bruxelas, vai até Dover (trajeto de 2h), onde descemos do ônibus para passar pela fronteira francesa. Super rápido, aposto que no sentido contrário deve ser bem pior. Ganhei um carimbo com um barquinho no passaporte (até agora só tinha o de avião). Voltamos pro ônibus e ficamos na fila do ferry-boat até entrarmos nele. Esse processo todo durou uns 40 min. E que senhor ferry-boat hein. Tinha bares, restaurantes, lounges, até máquinas de jogos. Pra minha sorte tinha me sobrado 5 libras do depósito no último hostel (que eu ganhei de novo ao fazer o check-ou) e com isso consegui almoçar, me sobrando só umas moedinhas de libra.
Sentado, vendo mar pra todo lado, a procura de terra firme...

    A travessia durou mais 2h, mas ao chegar na França, em Calais, o fuso é adiantado em uma hora, ou seja, teoricamente a travessia dura 3h. Aproveitei pra escutar umas rádios francesas, músicas em francês e tal, mas logos entramos na Bélgica. Bélgica!!! Ó terra civilizada, onde eu podia mandar mensagens e ligar sem pagar, que saudades. Já saí avisando a Júlia que tava chegando haha. A viagem foi muito tranquila, passamos por Bruges e por Gent, onde trocou de motorista, que ia até Amsterdam, e finalmente desci em Bruxelas, do lado da estação central la por 5 e meia. De lá pra Leuven é um tapa, e tudo acabou em pão-de-queijo no 03.19 (tá, além das pessoas e dos souvenires rsrs). Baterias recarregadas para uma nova aventura, chamada "provas orais"...