terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

De volta com tudo...

... menos dinheiro, porque tá difícil agora. Só fazendo malabarismo no sinal mesmo (é coisa nova aqui, será que dá dinheiro?)

Estou de volta às aulas, à gordice belga, à correria com os documentos, aos posts no blog, enfim, à rotina. Este post é dedicado a uma pessoa que não está fazendo isso, ela, a primeira eliminada do Big Brother Leuven 12/13: 


Tem música que combina mais com a criatura? Acho que não. Ela é bem do tipo "eu sou mesmo assim, vou ser sempre assim, Gabriela". Pensem numa pessoa que me encheu o saco o semestre inteiro e ficava me explorando. A Gabi honra bem seu signo chinês, a serpente. Desde que eu cheguei notei que ela dava patadinhas e patadonas, com a língua afiada e venenosa como uma cobra, mas no fundo, ela é um doce de pessoa e ama todo mundo. #sóquenão

Brincadeira, apesar de implicante, a Gabi conquistou o coração de todo mundo (por mais que tenha desprezado todos eles). Alguns ela conquistou com metades de sanduíches, outros trazendo pimenta do Brasil e outros sabe-se lá como, mas a saída dela deixa um grande vazio no coração de todos. #own

Das 7 matérias que fiz no semestre passado, 6 fiz com a bendita, então passei o mês de janeiro inteiro estudando (ou melhor, vendo filme) com ela. Sem contar que fizemos as 4 provas do Bart, passando pelas gracinhas dele (ele elogiou nosso trabalho de Water Technology) e ela foi melhor que eu em quase todas as provas (diz que não é nerds, mas é!). Foi dela a ideia da super maratona de esportes (judo, taekwondo, capoeira, esgrima spelunking, tênis e vôlei), mas no final acabamos só com o taekwondo (e olha lá) e a esgrima (a única que me derrotou 1 vez nos duelos da última aula). E também era a que mais ficava inventando coisas pra não ter que estudar, como ver filmes ou viajar. Bem, não era muito difícil me convencer, mas isso são outros quinhentos.

Não estava em Leuven quando ela foi embora, porque estava viajando com meus pais, mas a Gabi deixou um testamento a todos, me confiando seus slides impressos (quando eu tiver frio vou usá-los muito bem) e o seu cobertor de listras, porque eu vivia dormindo no 03.19 (mas a Geruza já andou se apoderando dele, que isso?). Enfim, quem sabe a gente ainda se encontra nos congressos de EQ da vida, ou eu vá passar umas férias em Minas pra comer uns pães-de-queijo.

OBS: Não fui à festa de despedida dela, mas a gente fez uma viagem de despedida pro Marrocos, que vai ser o próximo post...

Cena do próximo capítulo, não percam... quem é esse cara estranho na foto??


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Off por enquanto...

    Galera, foi mal a falta de posts. Estava viajando nessa última semana. Fui ao Marrocos e depois pra Inglaterra com a Gabi, o Rodrigo, o Rafa Rafa e uns outros perdidos por aí. Amanhã vou para Barcelona com os meus pais, que estão me visitando, comemorando as Bodas de Prata deles. Quando voltamos, prometo encher de posts. Boas aulas a todos (ou não) ;)

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Comemorando o fim de semestre com estilo!

    E finalmente todos entraram em férias! O Rodrigo foi o primeiro a entrar de férias, seguido da Ge e Matheux, depois vieram eu, Rafa Legal e Laís, Elise, Rafa e Julia, e no último dia foram a Tati, o Pedro, Gui e Gabi. Ô maravilha!
    A sexta-feira chuvosa começou comigo e a Julia indo nos matricular pro semestre que vem na KU Leuven e depois fomos até a prefeitura. Resolvido (ou não) estes pepinos, voltei pro hostel 03.19 arrumar minhas coisas e começar a minha mudança definitiva até o meu novo quarto. Dessa vez, a Julia me ajudou e a mudança foi bem mais tranquila. Primeiro que consegui reduzir o número de caixas, sacolas, malas, etc., e segundo que deu pra colocarmos tudo nas bikes e ir pedalando até o meu quarto. Precisamos de 2 viagens, mais foi bem mais tranquila. Apesar da chuva, foi bem melhor mudar do que com a neve do outro sábado. Minha tarde foi arrumar meu quarto, guardar meus bagulhos, organizar minhas coisas, etc. O que mais gostei do meu quarto novo é o tamanho dele (que cabe mais uns 4 colchões além da minha cama) e o fato de ser em uma casa, que vou dividir com com 2 chineses (inclusive 1 faz aula comigo como descobri ontem) e 3 belgas. Agora não moro mais em Heverlee, mas sim perto da fábrica da Stella Artois em Leuven (por que acham que escolhi aqui? haha) #ascençãoaoring


Meu novo quarto, um tempão pra arrumar e fazer dele meu lar.

    A noite foi dia de festa brasileira pra comemorar o fim do semestre. Além dos brasileiros, tinha um amigo estrangeiro da Tati e a Charlotte, que é uma amiga belga do pessoal que fez o curso de inglês aqui. O cardápio foi risoto, de camarão e de alho-poró. Como os cozinheiros foram a Gabi e o Gui, eles meio que competiram pra ver quem colocava mais pimenta no risoto. Só posso dizer do de alho-poró (da Gabi), que tava apimentado, mas tava muito bom. Teve vinho Lambrusco para os que gostam de vinho e cerveja especial Carolus, que o Rafa Legal trouxe, para os que gostam de cerveja. Tá, eu bebi dos dois, mas enfim, o que conta foi a festa. Muita música brasileira, com direito a um ao vivo, com o namorado da Ge tocando e todo mundo cantando. E os estrangeiros ficaram meio perdidos, mas eles gostam hehe. 

Noite de comer, beber, prosear e cantar. E viva o fim de semestre! =)

    Combinamos mais ou menos o horário de sair no sábado pra ir em Westvleteren para beber a melhor cerveja do mundo... Pra se ter ideia, essa cerveja é muito limitada. Ela é uma cerveja produzida por monges desde muito tempo atrás e eles só produzem o suficiente para manter o monastério. A produção dela é a mesma desde 1946, se não me engano, mas a popularidade dela vem crescendo cada vez mais, então é relativamente difícil consegui-la. Primeiro, não tem delas por aí. Segundo, que pra visitar o monastério precisa fazer reserva com 2 meses de antecedência e pra conseguir 1 engradado da Westvleteren Bruin 12, é preciso da reserva e ir de carro ainda (e é limitado o número que você pode levar: 1 engradado!). Maaas, se você for até Westvleteren, dá pra ir no restaurante que fica do lado lá e comprar a cerveja do bar mesmo. E ainda da pra comprar 1 kit com 6 cervejas, no preço de 20 euros. Esse era nosso plano, ir pra lá, beber no bar e comprar uns kits.
    Apesar de querer sair mais cedo, a maioria optou por sair um pouco mais tarde pra poder dormir mais, então pegamos o trem das 11h57 pra Bruxelas. Fomos eu, Gabi, Pedro, Rafa Legal, Ge e o Leandro (o namorado dela). Depois de um mês só trancado no meu quarto estudando pros exames, estava sentindo falta de andar de trem pela Bélgica... A viagem pra Bruxelas é rapidinho (menos que 20 min), então descemos logo na estação Norte, que tava tão calor que só tava de camiseta, e trocamos de trem para Poperinge. Agora, essa cidadezinha é no fim do mundo viu. E demorou, e demorou, e demorou... Em relação a Bruxelas, Poperinge fica ao oeste, bem para o oeste, meio perto da divisa com a França e o Mar do Norte. Foram mais de 2h de trem, o que começou a me preocupar porque eu e Gabi queríamos ir no jogo do Oud-Heverlee-Leuven a noite e a gente chegou em Poperinge era 2h30 da tarde. Chegamos a pegar sol, chuva, sol, chuva, sol e chuva de novo (lembra alguma cidade, não?).
    Ao chegar naquele fim de mundo, a nossa ideia era pegar um shuttle até Westvleteren, mas nosso tiro saiu pela culatra ao descobrir que precisávamos ter reservado o bendito 2 horas antes. E pra ajudar não tinha ônibus naquela cidade no fim de semana. Fuuu. Com a barriga roncando, a gente começou a pedir informação de como chegar no bendito monastério e uma belga até riu da nossa cara quando perguntamos por um táxi ("Táxi? Em Courtrai? hahaha"). Okays né. Nossa única solução foi procurar algo rápido pra comer. Mas nem isso tinha naquele fim de mundo! Nem mesmo um McDonalds ou um frituur aberto. Com o estômago lá atrás, tivemos que ir andando pro monastério mesmo, deixando a Gabi pra trás, porque ela não queria perder o jogo (tá, eu já tinha comprado meu ingresso, mas não é todo dia que se pode beber a melhor cerveja do mundo né, então deixei pra lá, junto com o meu passe de trem que esqueci com a Gabi #inteligente).
    No caminho a gente conseguiu encontrar um lugarzinho que fazia sanduíches e fomos comer um. Pra nossa alegria, a mulher não falava inglês. E dá-lhe nosso super holandês pra pedir lanches haha. Foi engraçado, mas o sanduíche valeu muito a pena. Claro que comemos andando, pra não perder tempo. E enfrentamos chuva, vento e frio. Como é possível que num dia que eu tava usando só camiseta, tava com minhas mão congelando? Ah Bélgica... mais parecida com Curitiba impossível.
   E depois de mais de 8km caminhando, enfrentando essas condições adversas, passando por milhares de mini-fazendas e sem saber 100% o caminho, chegamos finalmente ao lugar, nos confins de Flandres. Aleluia! Pura comemoração, e é claro, com cervejas.


Em busca da cerveja perfeita...

    Esqueci de explicar antes, mas lá tem 3 tipos de cerveja, a Blonde, a Bruin 8 e a Bruin 12. Apesar de a melhor do mundo ser a 12, as outras também são boas e é claro que começamos com elas, que são mais fracas. Apesar de ser um preço meio elevado (3,70; 4,20 e 4,70), achei elas bem acessíveis até. Não é uma Stella da vida que você compra um monte pra tomar, mas sim cervejas pra se apreciar. E nesse meio tempo, tentamos de tudo, mas não conseguimos marcar o shuttle pra voltar. O jeito foi pedir um táxi de Ieper até Poperinge (que segundo a mulherzinha ia ficar 16 euros, o que tava pra lá de bom).
    A hora da revelação foi ao beber a Westvleteren Bruin 12. A expectativa... A ansiedade... E... E... E... Fantastisch! Como diz o Rafa Legal, a cerveja é um absurdo. E por mais que eu adore a Sint Bernardus 12, tive que concordar em desbancá-la do posto de minha cerveja favorita. Já a Ge, ainda se manteve fiel e preferiu a St. Bernardus.


Tomando a melhor cerveja do mundo e comendo uns queijinhos...

    As coisas estranhas já começaram no restaurante mesmo. Quando fui ao banheiro, ao sair, me deparei com duas velhas prá lá de Bagdá entrando no banheiro masculino. Elas pararam, me olharam, pensaram, riram e sairam andando rápido pras mesas rindo feito loucas. Ê povo estranho... E na hora de ir embora outra surpresa: o táxi que tínhamos chamado era na verdade 50 euros (facadaaa). Mas como ninguém ia voltar andando pra Poperinge a noite e no estado doce, como diz o Pedro, que a gente tava, o jeito foi aceitar. E foi só 10 min de carro. Que absurdo...
    Na estação de trem encontramos um pessoal que tínhamos visto lá no restaurante e que tinham nos perguntado como íriamos pra Poperinge. Não sei se eles também foram de táxi, mas como eles iam pra Bruxelas, a gente foi conversando com eles. E que pessoal maluco, mas muito gente fina. Tá, todos também tinham bebido a Bruin 12. Descobrimos que eles eram americanos, 3 do Texas e 1 de Nova Iorque. No meio das besteiras que ficamos falando até Bruxelas (até que a viagem foi rápida, nem pareceu 2 horas), descobrimos que eles moravam em Londres, que dois deles trabalhavam na Brewdog e que um deles já bebeu quase 5 vezes mais tipos diferentes de cerveja que o Guilherme no Untappd (o cara não é fraco né!). Bem, a gente trocou emails e facebooks e zarpamos em Bruxelas Sul pra pegar o trem pra Leuven. Além de chegar cansadão aqui, ainda tava com fome e as paradas estavam fechadas, então só me sobrou comer kebab, ó vida...
    Agora o jeito é arrumar as coisas pra viajar pro Marrocos! #ocalorquemeespere