segunda-feira, 29 de julho de 2013

Loucuras de férias - Dias 11 e 12 - Budapeste

Com praticamente tudo já feito em Budapeste, deixamos a melhor parte para o terceiro dia: as termas. Acordamos tarde e pegamos o metro até a Ópera. De lá, andamos pela avenida até chegar na Praça dos Heróis, com os museus do lado. Essa parte de Budapeste eu não tinha conhecido em novembro, então foi bem legal fazer. Atrás dessa praça fica o parque com as termas, mas antes de ir até elas, fomos ao parque e demos uma volta. No parque também tem um castelo, que eu tinha visto ano passado, mas não fomos porque o Matheuxx queria porque queria ir pras termas correndo (parecia uma criança, tamanho GG). É bem bonito lá e pra finalizar comemos milho cozido, como não fazíamos desde o Brasil. Então, seguimos para as termas, que aliás, foi praticamente o dobro do preço de novembro, mas anyway, valia a pena ainda assim.

 Heroes' Square, lotadinha de turistas pra variar...

Vajdahunyad Castle, no parque municipal de Budapeste.

A tarde inteira ficamos nas termas. Aaah, sol, calor, e piscinas, de várias temperaturas, além de saunas e águas medicinais. Claro que o lugar estava cheio, porque também é um ponto turístico, mas ainda deu pra ficar nas hidromassagens, na corredeira, nas piscinas de boa... A Ju ficou mais tempo no sol, tentando perder a cor branco-leite dela, mas eu fiquei mais tempo nas piscinas, até porque já tinha pego sol demais (voltei a minha cor Brasil, feliz da vida =D). Falando sério, só saímos de lá quando o lugar fechou (que foi super cedo!) e estávamos tão enrugados quanto sapos. Voltamos andando para o hostel, porque não era tão longe, mas comecei a sentir dor na minha perna direita. Não sabia se era de andar ou nadar, mas era fraca, então nem dei bola. Como estávamos muito cansados, ficamos pelo hostel mesmo.

Como diz a Tati: Isso sim é qualidade de vida!

Termas (sempre do peito pra cima pra não aparecer a barriga né...)

O quarto dia tínhamos menos ainda pra fazer, então passamos a manhã e tarde em outro parque aquático de Budapeste, um que fica no meio de uma ilha no meio do rio Danúbio. Nesse as piscinas eram mais frias, mas tinha umas a 38 ºC também e tinha até uns toboáguas. Fui neles um pouco, mas a freca da Julia não quis ir, porque estava com frio (frio!). Ficamos lá até umas quatro e almoçamos no restaurante do primeiro dia (e sim, eu de novo com as porções =P). Enfim, fomos até o hostel, arrumamos nossas coisas, deixamos a chave do quarto e do apartamento para pegarmos o trem em direção a Bucareste.

Toboáguas *_*

Daqui eu não saio, daqui ninguém me tira! hahaha


Nesse trem, tivemos que pagar a reserva das camas, que eram em um compartimento de 6. Nós dividimos com dois suecos e um romeno. Claro que a gente dominou o topo do compartimento, porque ficávamos mais perto das malas e porque podíamos dormir quando quiséssemos, mas antes de dormir, ficamos em baixo conversando com os suecos. Um deles era meio calmo e bem legal e devia ter uns 30-40 anos. Adorava de paixão de futebol e ficou falando de quando a Suécia perdeu para o Brasil em 1970, que tinha sido a melhor campanha da Suécia e tals. Ele sabia muita coisa sobre o Brasil, de norte a sul. Na verdade, ele sabia de várias coisas aleatórias de qualquer tipo. A esposa dele era marroquina e estava no Marrocos enquanto ele tava viajando com o amigo. O mais velho, era meio maluco e meio bêbado, porque ficou bebendo whisky a viagem inteira. Era professor de escola pública e ficou a viagem inteira tentando nos ensinar como falar os números em sueco ou coisas que a Suécia era importante, como o país do Nobel ou coisa assim.  Ficou zoando o amigo dele a viagem inteira, era meio louco, bêbado, sei lá. Anyway, a gente conversou muito, até porque a viagem começou as 7 da noite e só íamos chegar em Bucareste no outro dia as 1 da tarde. Até fizemos uma competição de jaquenpô, que eles diziam ser bons, mas quem ganhou foi a Ju. Com o romeno só falamos um pouco antes de dormir. Ele falou no que trabalhava, sobre a Romênia na época da guerra fria e da beleza do país e tal. Deixando todo mundo em baixo, subimos para dormir...

Me preparando para dormir com classe... (e não, não estou de pijama ><)

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Resumo: Não é a toa que Budapeste me encanta. O rio, as construções em Buda, o charme de Peste e as termas... Budapeste combina um ar majestoso com um alternativo devido aos seus pubs, que estão entre os melhores da Europa.

O que eu gostei de Budapeste: as termas, a mistura de grandioso e alternativo, a noite...
O que eu não gostei de Budapeste: acho o transporte confuso, além de ter que subir e descer morros o tempo inteiro (quase Luxemburgo da vida).
O que faria com mais dinheiro e tempo: iria em mais termas e mais bares.
Budapeste combina com: Geruza

terça-feira, 23 de julho de 2013

Loucuras de férias - Dia 10 - Budapeste

O segundo dia foi planejado para ver o lado Buda. Dormimos bem, tomamos nosso café da manhã e pegamos o ônibus. O problema é que ao invés do número 7, pegamos o 7E, que era uma linha expressa e acabamos parar nos cafundós de Buda. Ainda bem que tínhamos o passe do dia, então voltamos de tram até a Deak Ferenc e de lá pegamos o ônibus 16, que subia o morro de Buda e nos poupava da subida até o palácio (ufa!).

Lá estava infestado de: 1 – turistas; 2 – reformas. Sério, os europeus tão de zoação com a minha cara =P. Anyway, andamos até a Casa Branca, que parece uma casa de fundo de quintal do lado do Palácio e lá ficamos um tempo admirando o lugar e tirando fotos. Claro que lá de cima você tem uma visão linda do lado Peste. Saindo do quintal da dona Maria Teresa, fomos andando ao lado do muro do morro. Desse lado a cidade não é bonita, mas fazer o que, precisávamos chegar até a igreja de São Mathias (que estava de reformas também, só pra constar, triste...). Só que dessa vez, os lugares nos murinhos que eu tinha ido em novembro estavam fechados, a menos que pagasse. Sacanagem! Ainda assim, o lugar é bonito e conseguimos tirar boas fotos, exceto do Parlamento, por razões óbvias.

Palácio de verão da Maria Teresa. 

Uma foto decente de novo, êêê =D

Vista de Buda: o lado Peste, com o Parlamento.

Não sei se já contei, mas eu e a Ju estávamos tentando falar em inglês o maior tempo possível (menos quando eu estava com a camiseta do Brasil =D). E era bom, porque Budapeste estava infestada, como foi dito, de turistas, e entre eles, claro, brasileiros. E era engraçado ouvi-los gritando (porque brasileiro não sabe falar baixo). Quando pegamos o ônibus de volta pro centro de Peste, tinha uma brasileira (que eu acho que era de São Paulo) falando mó alto na nossa frente. E a gente rindo dela atrás haha. Ao chegar no centro, compramos um rolinho doce húngaro, que eu não sei o nome e a Ju ativou o modo consumista dela (convivência demais com a Geruza, tsc tsc), comprando toda as roupas que ela via pela frente, fazendo com que, diz ela, fosse a compra mais cara dela de uma vez só #pedroaprova.

Atravessamos a Ponte Elisabeth pra chegar no morro da Citadela. Subir ela cansou a gente, mas a vista de lá vale muito a pena, você enxerga a cidade inteira, dos dois lados. É realmente muito bonito. Queria lembrar que da outra vez que fui lá era outono e as árvores estavam praticamente sem folhas, então o lugar não era tão bonito, mas dessa vez estava tudo verdinho, verdinho. Também tem a Estátua da Liberdade deles, que é legalzinha. Descendo de lá, passamos pela Ponte da Liberdade (sério, Budapeste tem infinitas pontes sobre o Danúbio, já perdi até a conta) e chegamos no Mercado, um lugar parecido com o Mercado Municipal de Curitiba, mas menorzinho. É igualmente cheio de tranqueiras, mas fomos lá com um objetivo: comer Languxx. A Ju não conseguiu comer o dela inteiro e, pra falar a verdade, eu mal consegui comer o meu também, porque a parada não é pequena e não é prática de comer. E do lado tinha uma senhora que pediu um maior que o nosso e mandou pro bucho. Sei lá, tem pessoas que nasceram pra isso, eu acho. A Ju guardou o resto dela para dar a algum pobre, mas quem disse que a gente achava? Não, não é porque a Hungria é tão desenvolvida assim, não. É Lei de Murphy mesmo. Pegamos o busão de volta pro hostel mesmo assim e quando descemos a Ju deu o resto do Languxx pra um velhinho.

Vista de cima do morro da Citadela. Demais!

A noite, depois de descansar, fomos pro Szimpla, o ruin bar do Guilherme (baby face) e bebemos algumas cervejas, mas dessa vez, não teve nenhuma história engraçada para contar. Ou melhor, teve uma, no ônibus de volta: na hora de entrar, a Julia deu de frente com um cara do tamanho do Matheuxx (mais gordo, segundo ela), parado no meio do ônibus, nos impedindo de passar. O cara ficou olhando pra Ju e a Ju ficou olhando pra ele com cara de dono sem cachorro. Demorou um pouco pros neurônios funcionarem e entender que ele queria o nosso ticket haha. Por sorte, a gente sempre estava com ele. Uff. E fomos dormir (by Ju).

Ruin bar, lembranças engraçadas...

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Loucuras de férias - Dia 09 - Budapeste

A viagem de Bratislava para Budapeste foi mais uma tranquila da vida. Chegamos na estação húngara no horário e nosso hostel era bem perto dela (2 quadras). Pra variar, estava fazendo uma baita reforma na estação, então nos batemos um pouco pra sair dela, mas deu tudo certo. Nosso hostel na verdade era um apartamento com 3 quartos e eu a Ju ficamos com um privado só para nós dois. O carinha era bem gente boa e até deixou a gente pagar depois, porque no momento não tínhamos nenhum florim húngaro (ou coisinhas, como preferirem). 1 EUR =~290 HUF, mas os caras sempre jogam pra cima e a gente sempre saca ou troca pra baixo. Resumindo, sempre que se troca de moeda, a gente sai perdendo, mas fazer o que, é a vida.

Pra quem não sabe ou não lembra, eu já tinha ido para Budapeste em Novembro do ano passado, com o Matheuxx, o Marcus e o Guilherme (confiram no meu brog). Assim como a Ju foi minha guia em Viena (ou não) e em Bratislava, eu fui o dela em Budapeste. Como ela não conhecia nada, fomos andando mesmo até a Deak Ferenc, no centro. A primeira imagem dela de lá foi que a cidade lembrava São Paulo, porque tinha um monte de prédios meio abandonados e não parecia nada turístico. Isso é, até chegar no centro. Lá, sacamos nossas coisinhas e andamos pelas ruas do centro até chegar na Basílica. Apesar de eu já ter conhecido, recomendei subirmos até a cúpula para ter uma visão panorâmica da cidade. E realmente, vale a pena, é muito bonito. De lá, dá pra ver o Palácio da Maria Teresa (de novo!?), a Igreja de São Mathias, o Parlamento húngaro, a Estátua da Liberdade, etc.

Nós, arrasando na frente da Basílica =)

Vista de cima da Basílica: Palácio da dona Maria Teresa e a Igreja de São Mathias.

Ao descer, fomos até o rio Danúbio e pude passar pela ponte Chain Bridge, que não passei da outra vez, porque estavam fazendo um filme húngaro. Até sentamos na praça do lado para aproveitar a vista e descansar um pouco. A seguir, andamos pela margem do Danúbio no lado Buda para termos a melhor visão do Parlamento, que adivinhem... estava de reformas. E outra senhora reforma, não dá pra tirar uma foto boa, nem sequer andar lá perto. #falaserio.

Vista da Chain Bridge: o Palácio e o leão dos Lannister (hear me roar)

 O Parlamento (e suas reformas).

Enfim, demos a volta e passamos pela outra ponte, de onde dá pra ver todos os principais pontos turísticos também, e procuramos pelo Novo Mercado, mas não achamos, e como estávamos com fome, almoçamos por ali mesmo. O problema era: não tinha nenhum prato vegetariano, então tive que pedir porções de arroz, salada e batata frita (aah, batata frita, saudades da Bélgica). A dona Julia ficou rindo da minha cara que eu ia comer só porções, até vir o prato dela, que era peito de frango, mas veio realmente só o peito de frango, com mais nada #avingaçavemacavalo. Com a barriga cheia, alcançamos de novo a Deak Ferenc, onde tinha uma feirinha com uma roda gigante e tal. Mas nem demos bola, voltamos andando para o hostel, aproveitando pra fazer compras no mercado, já que o apartamento não tinha café-da-manhã e íamos ficar mais 3 dias.

Tentativa fail da Ju. E eu mó agachado no meio da calçada e as pessoas passando...

Loucuras de férias - Dia 08 - Bratislava

Bratislováquia, aí vamos nós. Sério. Não sei de quem foi essa pérola, mas foi uma das melhores do caderninho da Gabi (tipo Polândia haha). A viagem da Áustria pra Eslováquia só demorou uma hora e foi super tranquila. Sem atrasos, sem lotações, sem perturbações. Uma maravilha. E o melhor, apesar da Eslováquia também usar o euro, as coisas lá são muito baratas, a começar pela passagem de ônibus, que custava 70 centavos. As coisas foram tão tranquilas, que chegamos antes do horário do check-in no nosso hostel, então acabamos deixando as coisas lá e fomos andar.

Nosso hostel ficava bem perto do Castelo, então foi fácil subir até lá. O castelo, pra variar, tinha relação com a Maria Teresa, Imperatriz da Áustria. O lugar é bem legal e bonito. E com certeza a maior e mais vista coisa de Bratislava. O lugar é um ovo. Lá de cima, dá pra ter uma vista muito bonita da cidade, especialmente do Danúbio. Ao descermos pelo outro lado, passamos por algumas igrejinhas e ruazinhas do centro histórico, que eram muito bacanas. E o tempo não passava. Aproveitamos então para ir até o prédio do parlamento eslovaco. E o tempo não passava. E tava fazendo 31 ºC. O jeito foi ficar tomando sol na fonte em frente ao parlamento e já aproveitávamos pra nos refrescar um pouco...

Nós e o Danúbio. Primeira foto decente que tiraram da gente =) 

Castelinho da dona Maria Teresa. 

Parlamento eslovaco. O melhor era a fontinha que ficamos deitado.

No caminho de volta do hostel, paramos para comprar água. O problema é que tudo estava escrito em eslovaco e a gente não entendia batatas. Eu queria comprar uma água roxinha, mas a Ju queria a azul e falou “eu tenho 100% de certeza que essa é sem gás”. Vale a pena lembrar que eu detesto água com gás, eu mato o cara que inventou isso (provavelmente era um engenheiro químico...). Claro que quando fomos abrir, descobrimos que era água com gás. Ai essa Julia viu, não dou conta =P. Enfim, finalmente fizemos o check-in, deixamos nossas coisas e então fomos para o centro da cidade.

A cidade é uma gracinha, mas é realmente pequena, não tinha muita coisa pra ver. Apesar de termos ido devagar possível, comprando souvenires, sentando nos bancos e tal, até parando em um lugar onde tinha açaí na tigela #felicidadebrasileira, fizemos as ruas, contruções, praças e igrejas de Bratislava em menos de 2 horas (!). Logo, o dia acabou cedo em Bratislava, com a gente almoçando bem e super barato (rly, adorei a Eslováquia =D) e depois tomando uma cervejinha. Chegamos cedo no hostel e pudemos descansar, nos preparando para viajar para a Hungria no outro dia...


Esse carinha é famoso. E eu nem lembro o porquê haha 

Centro de Bratislováquia. Mó bonitinho. 

 Igreja azul. Uma gracinha, pena que não deu pra entrar =(


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Resumo: O oposto de Viena, Bratislava é a simplicidade em cidade. Barata e pequena, super fácil de andar, visitar, comer e comprar. Uma gracinha.
O que eu gostei de Bratislava: a simplicidade, os preços baixos e o seu charme.
O que eu não gostei de Bratislava: não tem realmente muito que fazer.
O que faria com mais dinheiro e tempo: really, não sei qual a necessidade de qualquer dos dois lá. Talvez teria aproveitado as coisas com mais calma.
Bratislava combina com:igo =)

sábado, 20 de julho de 2013

Loucuras de férias - Dia 07 - Viena

O último dia de Viena foi deixado para apreciar as coisas majestosas: os palácios. Acordamos cedo e fomos ao Palácio Belvedere, que ficava relativamente perto do nosso hostel. Mas ao chegar lá, a Ju começou a passar mal e acabou voltando pro hostel. Eu acabei ficando la, andando pelos jardins até ela voltar. Depois de uma hora e muitos chineses, a Ju voltou e pudemos tirar nossas fotos por lá. Esse palácio, construído no estilo barroco, foi usado como casa de verão do príncipe Eugene e depois foi lar do rei Franz Ferdinand. Os jardins de lá são muito bonitos.

Upper Belvedere

Lower Belvedere

Isso eu achava até ir para o Palácio Schönbrunn, que fica meio fora de Viena, mas dá pra chegar fácil de metrô. Esse lugar eu achei demais mesmo. É imperial, majestoso, lindo. E, claro, tava cheio de turista. Acho que eu e a Ju gastamos umas duas horas só andando pelos jardins. E só não fizemos o tour no palácio porque já tínhamos gastado muito dinheiro comprando o ingresso do concerto. Ainda assim, só os jardins já valem a pena a visita. Eles são gigantes e muito bonitos. Pra ajudar, tem uma subida num morro de onde você enxerga os jardins e o palácio. Claro que ao subir, eu a Ju quase morremos, porque o sol estava muito quente. Mas valeu muito a pena.

Schönbrunn Schloss

Os jardins. Sim, a gente subiu até aquele treco no morro lá em cima.

Depois de cansarmos dos jardins, compramos uns souvenires por ali e também uns sorvetes, porque estava quente demais, e fomos para o centro. Entre a Ópera e a Catedral, há uma rua cheia de lojas, desde souvenires até lojas chiques. Terminamos de comprar nossos souvenires por ali e procuramos um lugar para comer. Viena é cara demais, especialmente no centro, mas conseguimos achar um lugar razoável com uma refeição decente e um preço pagável. A Ju, como boa brasileira, inventou uma história de um grampo no copo de Coca dela e ganhou outro de graça (haha, brincadeira, o grampo tava lá mesmo e não foi ela que colocou, até onde eu sei né). Também passamos pelos últimos pontos turísticos, como o parque com a estátua de Mozart, e voltamos para o hostel para tomar um banho e se preparar para o concerto.

Mozart é um dos nomes mais vistos e falados em Viena.

No fim da tarde, nos dirigimos ao Parque Municipal, onde fica o Kursalon. Como chegamos muito cedo, andamos por lá, tirando fotos das estátuas de Strauss e Schubert e até aproveitamos para sentar um pouco. Quando chegou o horário da entrada, fomos para o Kursalon e pegamos nossos lugares. Antes de começar o concerto, o lugar estava cheio. Especialmente porque muitos ganham esse concerto nos pacotes de excursão que fazem pela Europa (coisa de velho rico). Sem contar que foi a cara da riqueza a gente la com os velhinhos chiques vendo um concerto desse haha. O concerto foi muito bom, contando com peças de Strauss (como a valsa Danúbio Azul) e Mozart (como a Serenata para cordas nº13), principalmente, contando com algumas árias (como de Don Giovanni) e dança. Pra fechar a noite, eu e a Ju fomos a um bar, para tomarmos uma cerveja, como de costume e voltamos para o nosso hostel para nos prepararmos para seguir viagem no outro dia.

Valsa do Danúbio Azul. Me apaixonei pela violoncelista, apesar de ela ter errado uma nota nessa música..

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Resumo: Viena é imperial, é majestosa, é clássica, é romântica. É a cara da riqueza, por isso as coisas são caras. Ainda assim, você dá um jeito de curtir a cidade.
O que eu gostei de Viena: os palácios e os concertos, e também o fato de haver água potável em quase toda esquina para você beber.
O que eu não gostei de Viena: a cidade é cara demais e as pessoas podem fumar dentro de lugares fechados (absurdo!).
O que faria com mais dinheiro e tempo: teria visto mais concertos =)
Viena combina com: Pedro e Rodrigo

terça-feira, 16 de julho de 2013

Loucuras de férias - Dia 06 - Viena

Mais uma vez, nosso dia começou com o café-da-manhã. Com algumas coisinhas sobrando, compramos umas coisinhas em um mercado por perto e fomos pra estação. Foi super tranquilo pegar o trem pra Viena e acabamos ficando em um compartimento para 6, mas que só tinha a gente, daí a dona Ju acabou deitando mesmo. #juesbanjandoriqueza. A viagem, é claro, foi bem tranquila e confortável. E mais, chegamos no horário (só sair da Alemanha)! Da estação Wien Miedling até o hostel, tivemos bastante dificuldade, como sempre, mas conseguimos chegar lá depois de algum tempo e deixamos nossas coisas. Só pra constar, o hostel estava infestado de brasileiros e chineses. Who wins? You decide.

Deixando as coisas lá, pegamos o metrô e fomos pro centro. Demos de cara na Ópera de Viena, famosíssima. Depois andamos pelas largas avenidas até dar de cara nos museus, com a estátua da Maria Teresa (a última da linhagem dela, eu realmente me interessei pelas linhagens, to assistindo Game of Thrones demais) no meio da praça que tem entre os museus. Atrás dos museus fica o Quarteirão dos Museus e na frente fica a praça dos Heróis. Do lado dessa praça ficam os parques. Sério, é muita coisa pra ver!

Um dos museus, não me pergunte qual era, porque não lembro.

Praça dos Heróis, com o Parque do povo atrás.

Vale a pena lembrar que a Ju era minha guia em Viena, porque ela já conhecia. Porém, não deu muito certo, porque ficamos andando feito baratas tontas pelas ruas, jardins e tal. Passando pelo Volksgarten de novo, topamos com uma argentina (que tirou uma foto super ruim da gente), perguntando se sabíamos falar espanhol. A gente "ah, acho que dá pro gasto" e ela "Parlamiento?". Ok, a gente esperando um monte de coisas e ela só falou uma palavra. Pra ajudar, a gente não sabia onde era o bendito do lugar. Mas mal nos livramos dela, achamos o Parlamento, que tem uma estátua de Atenas na frente, virada de costas para o Parlamento. Até onde eu sei, isso significa que a sabedoria não está dentro do prédio. Mas oxe, se a Áustria, que não tem sabedoria, tá onde tá, quem dirá o Brasil... Ali perto também fica a prefeitura, mas estava praticamente impossível de chegar até lá por causa de um festival de cinema, com várias barraquinhas cheias de coisas diferentes para comer e até um telão, que ia passar um filme de graça, a noite. A Ju almoçou por ali, mas eu preferi não porque tava absurdamente caro e fedia a cigarro e não ficamos pro filme porque ia ser muito tarde e, claro, em alemão.

Parlamento (uma coisa tão grande assim e a argentina sem saber onde era)

Prefeitura, com a feirinha do festival de cinema na frente.

Quando conseguimos sair da feirinha, andamos até uma igreja gótica que estava no mapa. Mas pra nossa decepção, estava em reformas (como de costume). Só que dessa vez estava tão em reformas que parecia abandonada. Bem, o mapa sugeria para seguirmos dali por umas ruas estreitas e passar pela casa do Freud. A casa a gente achou, mas não achamos nada de mais (se você for pra Londres na hipotética casa do Sherlock Holmes é muito mais massa). Será que preciso de uma consulta com Freud pra ver o quão louco sou depois de fazer engenharia química ou de andar com a Ju?

Dali, seguimos por entre uns restaurantes até sair no Danúbio. Decepcionante. Até eu saber que não era o Danúbio de verdade, e sim um braço dele. Menos mal. Fomos margeando ele até uma praça (que não lembro no nome), passando por uns bares na beira do rio, onde as pessoas ficavam tomando sol e escutando música. Meio alternativo pra falar a verdade, mas tudo bem. Nessa hora eu já tava com muita fome e seguindo o conselho do mapa, comi um gyros (na verdade é comida grega, mas como comidas típicas geralmente vão carne e eu não como, não liguei muito). O lugar era bem perto da Catedral de Viena, que assim como em Praga, é um símbolo da cidade (e também é gótica). O único problema de lá é que fedia a cavalos, porque em Viena tem várias carruagens (très chic). Sem contar que os souvenires, que só consegui achar la perto, eram caros pra chuchu (aliás, chuchu é barato perto daquilo viu). Pra finalizar o dia, acabamos na Ópera de novo. Como não ficaríamos até segunda pra ver um concerto lá, o carinha disse que podíamos comprar um ticket pra um concerto no Kursalon e acabamos pagando. Foi caro pra chuchu (de novo), mas achei que seria uma oportunidade única, então fiquei só esperando...

Catedral de Viena, em reformas pra variar.

Ópera de Viena, me conquistou e me levou 40 euros =P

to be continued...

sábado, 13 de julho de 2013

Loucuras de férias - Dia 05 - Praga

Acordando cedo com o barulho da rua (nada que eu já não fosse acostumado), tomamos o café da manhã do hostel (que já era incluso) e partimos andar por Praga em direção ao Castelo. Claro que andamos pelos mesmos lugares que tínhamos feito no dia anterior até chegar a Ponte Charles, mas é que a gente não queria gastar coisinhas com transporte e também porque Praga é muito pequena.

Enfim, quando se atravessa o rio, se chega em outra cidade praticamente. Não que lá não fosse antigo também, mas sei lá, tinha um ar diferente, a arquitetura das casas e das coisas era um pouco diferente também. Mais uma vez, fiquei de cara que os tchecos tinham a mania de construir casas na frente das igrejas e não dava pra tirar uma foto decente. Enquanto eu tentava tirar uma boa foto, quase fui atropelado por um tram, mas quando ele me buzinou eu saí do caminho... Depois disso começamos nossa subida até o castelo. E que subida hein, parecia que não terminava. Quando finalmente chegamos lá, encontramos uma multidão em frente ao palácio, porque estava acontecendo a troca de guarda.

Pessoas se atropelando pra tirar uma foto dos carinhas na troca de guarda...

Achei toda a parte do castelo legal. Atrás do palácio fica a Catedral, que eu acho que é o símbolo de Praga. Ela é enorme e super difícil de enquadrar, porque, como sempre, tem construções demais na frente dela. Pra ajudar, o preço pra entrar era alto (e não queríamos trocar mais coisinhas, porque sempre perdemos dinheiro) e tinha uma fila grande. Demos a volta nela, então, e seguimos caminho pelas contruções antigas. Tinha até uma rua que você tinha que pagar pra ir! Absurdo... Enfim, paramos no mirante, onde tinha um monte de italianos (que inclusive pediram pra eu tirar uma foto pra eles e falaram que eu sabia faltar muito italiano... aham, senta lá) e quando fui tirar umas fotos, as pilhas acabaram (maquina troll). O jeito foi se virar de novo com o celular da Ju. Só não reclamo porque ele tem o dom de deixar as coisas mais coloridas e as pessoas mais magras.

Catedral gótica de Praga

Ficamos um tempo andando pelos jardins e aproveitando o lugar, até finalmente voltarmos a frente do palácio, onde estava acontecendo outra troca de guarda e estava ainda mais cheio (oxe, esses guardas não trabalham mesmo hein). Subindo cada vez mais, aproveitamos pra comprar uma água e tirar mais fotos até chegar numa Basílica bem bonita, onde uma vez era um monastério e tem até um audioguia, que você aperta um botãozinho e ele explica pra você o que significa, quando foi construído e tal.

Basílica/Monastério "?" (o nome tava em tcheco, não consigo lembrar)

Dali, seguimos para a Torre Petrin, que achamos que ia demorar um tempão pra chegarmos, mas como já tínhamos subido um monte, foi rapidinho. Ok, a torre é uma cópia bem menor da Torre Eiffel, mas os tchecos dizem que ela é somente inspirada na Eiffel e não uma cópia. Aham, eu acredito. Ali ficamos uma hora e pouco sentados discutindo a vida. Afinal, a gente já tinha feito tudo que tínhamos planejado e era 2 da tarde ainda. Praga é bonita e tal, mas é bem pequena.

Torre Eiffel, digo, Petrin

O que a minha mãe ia gostar era do jardim de rosas que tem do lado da Torre, que eu achei super bonito mesmo. No meio dele também fica o Planetário, mas a gente nem teve interesse de ir e começamos a descer o morro. No caminho encontramos uma lagoa com uma cachorra nadando pra pegar a bolinha. A dona era mó preguiçosa e o único esforço que fazia quando não estava lendo era tacar a bolinha na água. Mas a cachorra achava o máximo, isso é o que importa. As vezes fico pensando porque não fiz isso com as minhas. Daí lembro que elas não gostam de água e, mais importante, não tem lugares assim no Brasil pra fazer isso. Depois de descer o morro andamos bastante até chegar no hostel, passando pela Ópera, que ainda não tínhamos visto. O que nos incomodou foi ver um monte de gente do lado da estação com seringas (¬¬). Enfim, passamos rápido e chegamos cedo no hostel, deu tempo até de dar uma dormida e assistir Game of Thrones com a Ju antes de sair.

Jardim de rosas #minhamaepira

Sair? Yep. Combinei com a Ana e a Lorena que descobri estarem em Praga também de sair. Depois de nos batermos um pouco pelas ruas da cidade (eu disse que meu senso de direção não funcionava muito bem lá), as encontramos na frente do hostel delas que era bem no centro. Conversa vai, conversa vem, descobri que a Ana tinha sido atropelada por um tram em Amsterdam! Coisa de louco gente... Mas tava tudo bem, era o que importava, só faltava achar um lugar pra gente ir. A Lore falou de uma mega balada em Praga, mas além de não sabermos onde era, não estávamos disposto a pagar trocentos coisinhas numa balada. Ainda mais que eu a Ju tínhamos que sair cedo no outro dia pra Viena. Então elas sugeriram um lugar que tinham ido antes. O problema é que estava fechado. Aliás, as coisas lá fechavam cedo ou estavam lotado como um bar/balada “latina” que fomos. Acabamos sentando num pub onde pedimos umas cervejas, incluindo a Ana! #orgulho. Botamos o papo em dia, mas não ficamos muito tempo porque todos tinham planos. O jeito foi ir pro hostel, arrumar as coisas e dormir...


(espaço reservado pra foto que a Lorena ainda vai me mandar)

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Resumo: Praga é uma cidade encantadora. Mesmo pequena, ela tem seu charme e você acaba gostando bastante dela. Ela tem muita classe, com tantos concertos e prédios históricos.
O que gostei em Praga: a parte gótica da cidade e a quantidade de concertos.
O que não gostei: as pessoas se drogando em pleno lugar público a luz do dia, o que parecia bem normal.
Se tivesse mais dinheiro e tempo: teria visitado a Catedral por dentro e visto algum concerto.
Praga é a cara: da Elise.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Loucuras de férias - Dia 04 - Praga

Com a decisão de ir mais cedo pra Praga, pegamos o trem das 10h30 ao invés das 14h30, depois de tomar um bom café da manhã. O trem veio cheio de Hamburg e embora um monte de gente tenha descido em Berlim, mais ainda entrou e foi difícil achar um lugar. Conseguimos um do lado de um casal de velhinhos, muito simpáticos (e que só falavam alemão, claro). A viagem pra Praga foi demorada, porque, como sempre, o trem atrasou na Alemanha. Sério, qual o problema desse país? Enfim, a simpática senhora me lembrou muito a minha avó Janete, o que me deu saudades da minha família... Eles desceram em Dresden e nós continuamos nossa jornada, com agora duas holandesas sentando do nosso lado. Elas passaram o resto da viagem escrevendo no diário delas e falando aquele holandês horrível (sabe como é, o holandês da Bélgica é bonitinho, o dos Países Baixos é feio) e eu me toquei que havia me esquecido de pegar meu carregador no hostel (com as pilhas boas!). Só não esqueço a cabeça porque é grudada mesmo. #chatiado

A paisagem tcheca é super bonita, enquanto fomos margeando o rio e finalmente chegamos a Praga. Nosso hostel era pertinho da estação, pegamos um tram por um ponto só porque as malas eram pesadas. O problema é que lá se usam coroas tchecas (ou coisinhas) e não euros, e não tínhamos trocado. Ainda bem que o hostel aceitou o cartão, deu pra deixar nossas coisas lá, trocar de roupa e partir pra conhecer a cidade.

Praga é bem pequena e muito bonita. O que não gostei é que meu senso de direção não funcionava lá. Sempre que eu achava estar chegando em algum lugar, chegava em outro, mas fora isso, nos viramos. Começamos por uma praça com uma das torres góticas (onde tinha um banco por perto, com uma cotação razoável, lembrando que 1 EUR =~ 25 CZK) e chegamos no Portão, que era outra torre gótica, do lado do Proms, um teatro. Fiquei louco com os concertos que tinha por lá (a maioria tocava As Quatro Estações de Vivaldi, que é uma das obras que mais quero ver), mas os horários e os dias não ajudavam.

O Portão e o Proms

De lá andamos por uma rua, que é meio a XV, comemos um subway porque não achávamos um restaurante tcheco com preço bom, e acabamos na rua do Museu Nacional. Nesse momento começamos a olhar os souvenires, que eram caros pra chuchu. Tinha chaveiros na faixa das 225 CZK, o que era um absurdo (essa coleção ta me saindo uma fortuna hein). Então deixei pra olhar e comprar depois, enquanto subimos a rua e tiramos umas fotos na frente do museu. Aproveitei também pra comprar um carregador com pilhas novas, porque precisava, o que significou mais gastos extras na viagem, mas fazer o quê, ficar sem câmera é que não ia rolar.

Museu Nacional (detalha que as pessoas nunca tiravam uma foto decente nossa...)

A Ju queria comprar umas camisetas por lá, mas os preços estavam iguais aos de Leuven, ou seja, estavam caro. Cheguei a conclusão que Praga, apesar de ser mais barata em geral, gostava de extorquir turistas (claro). Enfim, andamos até a Praça da Cidade Velha, onde tem a Antiga Prefeitura com o Relógio Astronômico e a Igreja Tyn. Essa praça é bem ao estilos Grote Markts da vida que tem em Leuven, Bruges, Bruxelas e tal, mas tinha um ar ainda mais gótico. O que fiquei brabo é que não dava pra tirar uma foto decente, ou por causa dos milhares turistas, ou porque os tchecos construíam na frente das coisas (vai entender). A igreja pra ajudar, estava fechada, então nos contentamos em subir a torre pra conhecer um pouco de cada lugar e ter uma vista panorâmica da cidade.

Igreja Tyn vista de cima da torre da antiga prefeitura 

Relógio astronômico


Okay, a gente viu que o castelo era longe. E a pseudo Torre Eiffel era longe também. Decidimos fazer isso no outro dia e continuamos andando pelo centro histórico até chegar na Ponte Charles, onde tiramos nossas últimas fotos, com o sol se pondo. E pra voltar, quem disse que foi fácil? Ao invés de voltarmos pelo caminho que viemos, passamos por uma galeria, onde a Ju comprou alguns souvenires e seguimos margeando o rio Danúbio até chegar na outra ponte, onde viramos pra cidade de volta. Querendo sair na estação, saí no Museu Nacional =P. Enfim, dali foi tranquilo chegar no hostel e finalmente descansar.

Ponte Charles com o Castelo ao fundo (e um balão solitário...)

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Loucuras de férias - Dia 03 - Berlim

No terceiro dia, resolvemos inovar e não pagar o café-da-manhã no hostel, mas sim tomar café em alguma padaria que tinha ali por perto. A previsão era que não fizesse sol, então nem peguei meus óculos-de-sol e achei que nem ia fazer calor (aham). De lá, fomos pra Alexanderplatz. Haha, não, to zoando. Fomos para o Palácio de Charlottenburg, que é o maior palácio de Berlim e o única residencia real da época prussiana ainda inteiro. Ok, preciso dizer que tenho uma queda por palácios, castelos e coisas reais (devo estar lendo/assistindo coisas demais), então nem mesmo o alto preço pra ver o palácio me impediu de comprar o ingresso para conhecê-lo. Dessa vez até com direito a um audioguide, porque afinal alguém precisava me explicar todas as coisas daquele lugar, nem que fosse uma caixinha falante.


Schloss Charlottenburg - não ia fazer sol... (não que eu esteja reclamando né)

Primeiramente, o palácio não se chamava Charlottenburg, mas sim Lietzenburg, que era uma casinha para a então princesa Sophie Charlotte (aliás, leia um pouco sobre a casa dela, a família dela reinou na Prússia e no Reino Unido, não é brincadeira). O palácio foi construído no estilo barroco e isso da pra perceber claramente pela estrutura, tanto externa quanto interna dele. Depois, claro, ela virou a primeira rainha consorte da Prússia, junto com o rei Frederich I. O lado esquerdo do palácio (o da Ju), era usado pela rainha e o lado esquerdo (o meu) era usado pelo rei. E tem trocentas antecâmaras, salas de chá e de música, pintura, porcelanas, jóias, bibliotecas e etc. A sala que eu mais gostei, claro, foi da prataria e das jóias ($_$). Infelizmente, ela morreu cedo, alguns anos depois da sua coroação e foi então que o rei nomeou o palácio em homenagem a ela. Quando o rei morreu, o filho deles, Frederich II (der Grosse) terminou de construir o palácio (não, a Charlotte nunca viu ele concluído). Outro lugar que gostei bastante foi o salão oval do andar térreo, onde os convidados eram recebidos e dava passagem para os jardins. Os jardins são no estilo francês e é bem bonito. Como falei pra Ju, eu gosto de flor, árvore e uma fonte, sempre fica bonito. Depois de quase 2 horas de tour pelo palácio, andamos pelos jardins. Não sentimos vontade de visitar os museus de Charlottenburg que ficam em frente ao palácio, porque já tinha sido o suficiente de história. Enfim, totalmente recomendo esse lugar! =D

Jardins do Palácio de Charlottenburg.

Já no começo da tarde decidimos ir até a Kurfürstendamm, que a mulher do hostel tinha dito que era a rua de compras. Errr, o problema é que podia até ser, mas não pro nosso caminhãozinho, porque só tinha lojas tipo Rolex, Praga, Chanel e essas coisas #bruneteaprova. A rua era a principal de Berlim Ocidental e até hoje continua como principal de Berlim Oeste, por isso das lojas. No final dela, fica a Igreja Memorial do Imperador Wilhelm, que se você procurar no google, é demais. Maaaaaaaaaaaas, estava em reformas. E não era uma reforma qualquer, era uma senhora reforma. Eles taparam tudo, não dava pra ver nada. Ódio =P. Tivemos que sair dali sem visitar o memorial, mas o prêmio de consolação da Ju foi achar uma escultura de metal na forma de uns laços, que ela dizia ser super famosa, mas que ninguém conhecia. 

O treco super famoso da Ju, com a suposta Igreja Memorial ao fundo =P

Ali perto também fica o Zoológio de Berlim, que é um dos maiores da Europa, mas ao ver o preço (21 €), a gente achou que era muito caro pra ver bicho e continuamos andando. O problema era: como a gente tinha feito muita coisa no segundo dia, não tinha sobrado mais nada pra esse dia, a não ser que quiséssemos ver museus, o que descartamos por ter gastado dinheiro demais já. Como a Ju é uma pessoa contraditória, passamos de novo na Alexanderplatz pra ela comprar um jogo numa das galerias lá perto e seguimos pro hostel, onde relaxamos das nossas caminhadas na piscina (que tava gelada) e na sauna. A noite fomos num restaurante perto do bar que tínhamos ido com a Marina e jantamos super bem, com direito a suco de maracujá, que me deixou mó feliz. Decidimos também ir mais cedo pra Praga, porque já tínhamos fechado Berlim, então dormimos cedo, apesar de um carinha no nosso quarto ter nos convidado pra sair...

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Resumo: Berlim te cativa mais pela história que possui desde os tempos prussianos até os da guerra fria. É mais barata que cidades como Paris ou Londres, mas também não possui a beleza ou majestade delas. Além disso, a cidade é super alternativa e parece que leva as coisas no próprio ritmo...
O que gostei em Berlim: o fator cultural e histórico da cidade e de apesar de ser uma cidade grande, ser relativamente fácil de andar e visitar as coisas.
O que não gostei: das obras infinitas e do alternativismo excessivo.
Se tivesse mais dinheiro e tempo: iria até Postdam e visitaria o Palácio Sanssouci.
Berlim é a cara: do Rafa Legal.

Loucuras de férias - Dia 02 - Berlim

O segundo dia começou cedinho, na esperança que fossemos demorar muito tempo pra conhecer a cidade. Depois de pagar super caro no café da manhã do hostel, que era super bom, pegamos o trem pra Alexanderplatz de novo, pra ver o relógio mundial, que tínhamos nos esquecido de ver e dona Ju fazia questão. Demorei um pouco pra me tocar como funcionava aquele relógio =P. Passamos pela torre de novo, pela praça com as flores e as fontes e andamos até a Berliner Dom, dessa vez pra entrar. Lá dentro é super bonito, a arquitetura é show, o altar é lindo. E subindo as escadas, chegamos no museu, onde conta a história da construção da catedral, com as maquetes e pinturas e tal. Bem legal. E subindo mais ainda, por um labirinto de escadas, chegamos até o topo da cúpula, de onde tínhamos uma visão panorâmica de Berlim, especialmente da torre e dos museus.

 Vista do Lustgarten, da Ilha dos Museus e do resto de Berlim...

Descendo todas as escadas e mais um pouco, chegamos à cripta, que segundo a minha mãe, é sinistra. Bem, lá tem padres, bispos e Kaisers (imperadores), é legal, mas a atmosfera é realmente estranha. Saímos rapidinho pra avenida e andamos entre os museus. Nessa hora, eu parei de andar porque tinha um carinha tocando o terceiro movimento de Inverno de Antonio Vivaldi #klaytonpira. O problema é que o carinha estava muito longe, senão ia lá e ficava o dia inteiro escutando ele tocar ao invés de conhecer as coisas. Ainda bem que a Ju me trouxe a realidade (ou na verdade foi uma criança que estava tocando horrivelmente um saxofone?). Anyway, andamos pelos museus pensando se íamos entrar neles, mas depois de verificar o que tinha em cada um e ver as filas gigantes, desistimos e fomos de volta à Unter den Linden (cheia de obras) até chegar ao portão de Brandeburgo. Na verdade, a intenção era conhecer o Bundestag (parlamento alemão), mas pelo jeito só se pode entrar lá com visita pré-marcada, então ficamos só nas fotos na frente mesmo =/.

Eu na frente do Parlamento Alemão, pena que não dava pra entrar...

Dali, o Tiergarten fica a um passo, então caminhamos até lá. Se você conhece ou olhar no google, sabe (vai saber) como é grande essa parada. Foi bom, porque estava quente e ficamos andando debaixo das árvores, mas pelo jeito só tinha isso (nem flores, nem pessoas). Atravessando o labirinto que era o parque, chegamos à coluna da vitória. Até percebemos que estávamos no lado contrário dela, mas o empenho de ir até o outro lado era muito grande, então voltamos por dentro do parque até chegar no jardim de rosas. Que estava em obras! (raiva desses alemães obreiros viu). Do lado tinha um rio, e nele um cachorro nadando atrás do graveto que o dono tinha jogado. Fiquei babando, quem dera a minha fizesse isso. Ou melhor, quem dera no Brasil tivesse rios pra fazer isso com os cachorros... aliás, que saudade da minha cachorra =(.

Siegessäule, a Coluna da Vitória.

Enfim, continuamos andando e parando de vez em quando, porque a gente cansava, tava muito quente e entrava pedrinhas demais no meu tênis. Até a gente conseguir sair do  Tiergarten (demos inúmeras voltas), foram quase 2 horas andando. O lugar era bem bonito, mas estava bem vazio. Esperava ver ele cheio de gente aproveitando o sol. Depois alguém me explicou que estava cheio, mas que o parque é tão grande, que parece vazio, o que faz muito sentido. Quando finalmente saímos, estávamos perto do Kulturforum e da Philarmonie. Tirei umas fotos de lá e do museu de instrumentos musicais #elisepira, mas como a Ju tinha marcado de encontrar uma amiga dela, acabamos andando até a Postdamer Platz, que era ali perto. Enquanto esperávamos, aproveitei pra comer uma torta de ricota com chocolate. Mega bom, tava com saudade desse tipo de gordices. Sabe como é, na Bélgica só tem batata frita, chocolate, waffle e cerveja, você sente falta esse tipo de gordices (ô dó).

Depois de bater um papo com a Nilda, que a Ju tinha conhecido quando veio trabalhar na Alemanha uns anos atrás, fomos seguindo a marcação do Muro de Berlim, até chegar à Topografia do Terror. O que esse lugar traz? Muita história. Do começo da segunda guerra  mundial. Na verdade, de antes, de quando e como Hitler assumiu o poder e os nazistas torturavam as pessoas, especialmente os judeus. Se você gosta de história, aqui é uma parada! Quando acabamos de ler e ver as fotos, continuamos seguindo o muro até o Checkpoint Charlie (de novo) e compramos nossos souvenires por ali. Ali perto também fica o museu dos Judeus, mas não me senti confortável pra visitar (questão de opinião). Pegando um metrô, chegamos na East Side Gallery, que é onde tem o maior pedaço do muro contínuo (ou quase) e foi todo transformado em algo artístico. É bem legal. Aliás, a Nilda tinha nos contado que estão tentando derrubar o muro pra construir coisas e que teve vários protestos em Berlim contra isso, mas fazer o que, capitalismo é isso =P.

Topografia do Terror - A história do Nazismo

East Side Gallery - O muro de Berlim

Como o nosso hostel era do lado da East Side Gallery, deixamos nossas coisas lá e fomos almojantar (porque tá funcionando a base de duas refeições agora). Tinha uma rua ali perto com restaurantes típicos de todos os lugares: chineses, japoneses, indianos, paquistaneses, vietnamitas, italianos, libaneses e tal, mas é claro que não tinha um alemão ou brasileiro. Sacanagem. Quando finalmente desistimos, optamos por um macarrão mesmo que estava mó bom. A noite, saímos com outra amiga da Ju, a Marina, que era super gente boa e conhecia os points haha. Berlim é muito alternativa. Muito. Tem pessoa estranha pra tudo quanto é gosto. Dentre os vários bares, biergartens e restaurantes, paramos em um barzinho pra tomar uma cerveja e conversar. Só não pudemos ficar muito, porque a Marina precisava estudar e a gente já estava cansado de tanta coisa que fizemos.