domingo, 6 de janeiro de 2013

Diário de uma aventura de Ano Novo - Dia 1

    O dia amanheceu com eu saltando do sofá (melhor cama do hostel) com um toque "Oh baby, baby... oh baby, baby". Sim, da Britney #laisadora. Não, não era meu. Era da Lorena. E ela demorou pra levantar, porque ficou tocando um monte haha. A essa hora, a Ana já tava acordada e a Gabi ainda tava na cama. A gente levantou, tomou um café-da-manhã susse, pegamos nossas coisas e zarpamos rumo ao desconhecido. O detalhe é que na metade do caminho percebi que tava esquecendo uma coisa básica: minha carteira! E dá-lhe ligar pra Gabi e pedir pra ela voltar pra pegar a carteira pra mim. 
    Claro que perdemos o trem que queríamos, mas nós estávamos bem adiantados, então ainda não ficamos desesperados. Depois que Gabi chegou na estação (ela tava indo pra Dinant), fomos pegar o próximo trem pra Bruxelas, que descobrimos estar atrasado #leidemurphy. Tudo bem, tudo bem, ele chegou e fomos tranquilo pra Bruxelas. Especialmente porque o guardinha não passou e eu tinha esquecido de completar o go pass pra nós três (sério, eu ainda tava dormindo pelo jeito). Mas ao chegar em Bruxelas Central a gente desceu e eu completei. Já na plataforma, esperando o trem pra Charleroi, tinha dado o horário do trem e o bendito não tava lá. O mais estranho é que não avisava nenhum atraso e nem mudança de plataforma. Até que e a Ana diz "Olha, o que é aquele trem lá atrás?" Aaah, corre trombadinha! E dá-lhe a guardinha brigando com a gente pra entrarmos logo no trem. O pior é que com a correria a gente nem tinha certeza que era o trem certo, mas era tudo ou nada haha.
    Bem, o trem tava certo e de Charleroi-Sud pegamos o ônibus até o aeroporto como de costume (pra mim). E lá foi susse. Até o raio-x. Porque a anta aqui esqueceu de tirar a carteira do bolso (aah carteira ><). E o negócio apitou. Daí eu pedi desculpas pro segurança e falei que tinha esquecido da carteira. Ele pegou ela e passou pelo raio-x e só verificou mesmo que eu não tinha mais nada de metal e deixou eu passar normal (vantagens de falar francês haha). Mas não parou aí. A minha mala (e a das meninas) não passou no raio-x e eles pediram pra abrir. Sério. Já é difícil arrumar a mala, pra caber e ficar no tamanho Ryanair e eles ainda fazem isso. E é claro que não tinha nada, e eles deixaram super bagunçados. Mas fora esses contratempos, subimos finalmente no avião pra Inglaterra. O voo saia 13h05 de Charleroi e chegava as 13h35 em Manchester. O que? Só meia hora de voo? Nããão. A gente tinha esquecido que a Inglaterra está um fuso antes, então acabamos ganhando uma hora indo pra lá.
     Ao chegar na Inglaterra, eu tava achando o máximo por estar na terra da Agatha Christie e J.K., duas das minhas escritoras favoritas. Isso foi até chegarmos na imigração, onde ficamos mais de 1h na fila e ainda tivemos que responder um super-questionário pra entrarmos de fato na Inglaterra. E ainda tivemos que comprar libras depois. Eu ainda fico pensando porque a Inglaterra faz parte da União Européia, mas tudo bem. Depois de mais uma hora andando no aeroporto, procurando os trens pra cidade, descobrimos que era feriado na Inglaterra (26 de dezembro, Boxing day) e os trens não funcionavam. Pracabá mesmo! O jeito foi pegar um ônibus mesmo. E era assustador no começo ver ele andando na contra-mão. Tá, mão inglesa.  Sério, eles são de outro planeta. O motorista foi super grosso com a gente, e não avisou onde poderíamos ter decido, então tivemos que descer na Piccadilly mesmo e aproveitar pra almoçar, porque já era 4 da tarde. A primeira pessoas que encontramos no burguer king? Um brasileiro. Alô Brasil!
    O que a gente descobriu é que os britânicos não conhecem seu próprio país, ou cidade. Ninguém sabia como chegar no bairro Castlefield (que depois mais tarde descobrimos ser perto e fácil de chegar da Piccadilly). Então tivemos que pegar um táxi mesmo até a Potato Wharf #rialto. Ao descer do táxi, tínhamos uma escolha: as luzes ou as trevas. Claro que a gente foi procurar o hostel do lado escuro. Ideia de Jerico, como diz minha mãe. O Young Hostel tinha até plaquinha indicando como chegar nele e era do lado da luz. Chegando la, fizemos o check-in, deixamos as tralhas e fomos andar na cidade.
    Se você procurar por Manchester na Wikipedia, vai descobrir que a cidade tem mais de 400 mil habitantes. Porém, foi super fácil de andar lá, parecia um ovo. E é claro, turista tem que tirar foto na primeira cabine telefônica que acha rs.
Daria um bom filme de terror, não?

    A cidade tava enfeitada pro Natal ainda, mas o que bomba mais lá são as lojas. O problema era que 5 da tarde lá já tava super escuro. Não dava pra tirar uma foto decente, que não parece uma cidade mal-assombrada.
Continuação do filme de terror

    E não é que andando um pouquinho chegamos na bendita Piccadilly de novo? E a galera não sabia onde era Castlefield. Sério... A gente ainda ficou brabo com uma máquina de água e refris, porque ela tinha travado com algum refri (imagina a raiva de quem tinha pago por ele) e daí não dava pra pegar água. Mas achamos um mercado aberto e compramos. Começando a ficar tarde pensamos que o melhor seria um banho quente no hostel. No caminho, tinha um bar, com um segurança angolano, e aproveitei pra experimentar umas cervejas inglesas. Mas eram ruins na minha opinião (do estilo bitter). E quando chegamos no hostel? A luz tinha acabado! Tava tudo com luz de velas. Funny. Só que não. E meu banho? Felizmente, a Lore tomou no escuro e descobriu que o chuveiro aquecia. Pelo menos isso rs. Pior ainda, as tomadas inglesas são diferentes e não podia carregar meu celular. Raiva desse país não-civilizado viu. O melhor que podíamos fazer era combinar um horário pra acordar e ir dormir...

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