domingo, 6 de janeiro de 2013

Diário de uma aventura de Ano Novo - Dia 8

    Acordei com uma preguiça do caramba, mas disposto a acordar logo pra ir ao Palácio de Buckingham ver a troca da guarda real. Problema: minhas mensagens só davam "failed", e não conseguia acessar a internet por dados (não tinha wi-fi também porque naquele país se cobra pra acessar), o que significava que eu tava sem créditos. Ok, não entrei em tanto desespero porque a gente já tinha meio que combinado de ver a troca de guarda e foi pra lá que eu fui. Antes, passei no Hyde Park pra comer meu café-da-manhã com as coisas que eu tinha comprado no dia anterior. Agora, se você acha o Parque Barigui grande, é porque não viu esse ainda. O parque combinado com os jardins de Kensington, que é junto dele, é maior que o Principado de Mônaco. Também é um lugar muito visado pra fazer shows. E sim, teve coisas da Olimpíada também. E eu ainda tive que procurar um banco que não tivesse pessoas sentadas ou patos me olhando comer.


    Logo após comer, já andei em direção ao Palácio, passando pelo tio Wellington de novo, andando pelo caminho de Diana até chegar nos portões. E como tinha gente! Chineses inundando o lugar. Claro que tinha brasileiros também. Aliás, tinha brasileiro pra tudo quanto é lugar em Londres e em todo o tempo, mas sempre em menor escala que os chineses. Eles vão dominar o mundo, sério! Mas entre as pessoas não estavam a Lore e a Ana. Daí elas me mandaram uma mensagem dizendo pra nos encontrar no museu do Sherlock Holmes. Ok... Entre máquinas fodas e iCoisas chinesas, tentei tirar algumas fotos da troca de guarda.
Primeiros guardinhas. Decepção quando vi que não tavam de vermelho...

Mais guardinhas chegando. Eles usam cinza no inverno e vermelho no verão...

Mais guardinhas ainda. Esses vêm preparado com uma fanfarra (real)

Depois da bandinha (real) tocar, os carinhas trocam...

... e começam a sair, deixando a outra guarda no posto

"Troca de guarda real
Tudo cerimonial
Mas, claro, muito legal"
**um pouco de rimas pobres em redondilha maior by me

    Deixando a poesia de lado, eu preferi almoçar ali perto que eu sabia que tinha restaurantes pra depois ir pro museu que ficava no lado norte da cidade. O problema é que demorei muito pra ser atendido, tava quase saindo do lugar. No meio tempo conheci uma família australiana. Ieeey, as primeiras pessoas da Oceania que conheci, fechando finalmente os 5 continentes =D. A mãe me perguntou se eu era francês. Como diz a Lorena, não sei se isso é um elogio ou não, porque os franceses falam inglês mal pra caramba. Não sei se ela percebeu, mas ela pediu desculpas e apenas perguntou porque o meu sotaque não era inglês. Daí expliquei que era brasileiro, mas tava estudando na Bélgica e tal. Eles acharam muito interessante. Disseram que iam bastante pra Londres e tal (gente que pode é outra coisa). Depois de enfim alimentado (e revoltado porque eles não tinham cervejas inglesas no lugar, só importadas, hunf), fui pro museu. E tinha uma fila enorme e tava chovendo. E mesmo assim fiquei lá. E nada de ninguém, ou seja, o dia foi um total desencontro. O museu custa 6£ mas eu acho que vale muito a pena mesmo. Eu não sou um expert em Sherlock como o Quilló, mas gosto mesmo assim e o museu na Barker Street, 21, foi muito interessante. Na verdade é um prédio, como se fossem os quartos deles mesmo. E no último andar tinha umas personagens de cera, entre vítimas, assassinos e é claro Holmes e Watson. O mais engraçado é que tinha um senhor que parecia muito com uma dessas peças e enquanto eu tava tentando descobrir quem ele era, o celular dele tocou e ele acordou (vergonha!! hahaha).
Holmes, Watson e uma fulana que esqueci o nome

Quarto de Sherlock Holmes

    Saindo do museu, passei claro na loja de souvenires e daí decidi andar até Camdem Town, pra ir no bar da Brewdog, comprar um presente pro Gui. Demorou pra eu chegar lá, mas achei o bendito do lugar. Bem, claro que eu não poderia ir lá e não experimentar umas cervejas também. E que cervejas hein! Muito boas. E já que tava deprimido por ter passado um dia sozinho numa cidade gigante como Londres, acabei bebendo 5 delas: 77 Lager, Hardcore, Alice Porter, Tokyo e Anarchist. Só pra constar, a Tokyo tem 18,2% de álcool, é o dobro da maioria das cervejas belgas. Ela é fantástica. Apesar de eu comprar o presente pro Gui, ele ficou revoltado por eu ter passado ele no Untappd e ter ganhado 3 badges de uma vez com a Anarchist haha. Okay, confesso, gastei tudo que eu tinha lá (óbvio que eu não andava com tudo na carteira).  A verdade é que um passe diário em Londres dá 2 cervejas. E eu preferi ir andando haha. Detalhe, Camdem Town fica na zona 2 de Londres, na região norte. O meu ficava perto da região 2 na zona sul. Mas pra quem já andou 8km na madrugada parisense com o Pedro, andar 5.5km ia ser susse. E no caminho passei pela King's Cross, que é claro, as 10 e pouco da noite não tinha aquele monte de chineses (mas ainda tinha uns perdidos). Aproveitei pra tirar a minha foto, que infelizmente, foi sem o carrinho.
I don't want to live in this world anymore haha

    E o resto foi tranquilo, passei pela Oxford Street, desci pra Leicester Square, passei pela Piccadilly, pelo Green Park, pelo Hyde Park, pela Knightsbridge, até chegar em South Kensington e finalmente meu hostel a meia noite. Tudo isso sem mapa, porque segundo o Pedro, eu tenho senso de pombo, que não é afetado por meras cervejas de 18,2%.

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